Introdução: A comunicação é uma importante estratégia que permite aos profissionais de saúde o estabelecimento de uma relação de confiança mútua entre o doente e sua família, garantindo assim o princípio de autonomia do doente, por meio da disponibilização das informações que necessitam para serem ajudados e ajudarem a si próprios. É por meio do processo de comunicação que se efetiva também, o consentimento informado obtido junto ao doente e/ou seus familiares visando a implementação dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos necessários para seu tratamento. No entanto, utilizar a comunicação para dar más notícias é uma das mais difíceis e importantes atividades com que se deparam os profissionais da equipe de saúde visto que, os mesmos sentem, na maioria das vezes, dificuldades em adequar o modo de expressar as más notícias e em controlar os sentimentos que estes momentos podem desencadear. Objetivo: descrever os fatores associados à dificuldade vivenciada pelos profissionais de saúde em comunicar más notícias aos pacientes e seus familiares. Metodologia: pesquisa exploratória descritiva com base em fontes bibliográficas que garantem a fidedignidade das informações nas quais se realizou uma revisão da literatura. Compilação dos dados realizada por meio das leituras exploratória, seletiva, analítica e interpretativa. Resultados: constituem-se os momentos de maior impacto e dificuldade relacionados à comunicação de notícias difíceis: 1) a comunicação do diagnóstico de doença avançada com prognóstico reservado; 2) a comunicação de graves sequelas dos tratamentos e; 3) a comunicação de esgotamento dos recursos de cura atual e a preparação para cuidados paliativos exclusivos. Os principais fatores que dificultam a comunicação da equipe da saúde em dar notícias difíceis são: 1) preocupação em como dar a má notícia; 2) medo de fazer mal; 3) receio de represálias; 4) provocar reações negativas, expressar suas próprias reações; 5) receio de falta terapêutica; 6) problemas judiciais. Conclusão: Comunicar uma notícia difícil não é uma tarefa fácil, por esse motivo os profissionais de saúde – dentre eles o enfermeiro - têm vivenciado muitas angústias ao lidar com essas situações, ficando evidenciada a necessidade de que os mesmos adquiram competência ética para o exercício dessa função, bem como recebam suporte para o enfrentamento das suas próprias reações emocionais experimentadas nessas ocasiões.