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Anais - 14º CBCENF

Resumo

Título:
OS SENTIMENTOS DE PRESIDIÁRIAS FRENTE AO DIAGNÓSTICO POSITIVO DE UMA DOENÇA SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL
Relatoria:
FERNANDA MARIA DE JESUS SOUSA PIRES DE MOURA
Autores:
  • Myrna Mayra Bezerra
  • Michele Pereira de Araújo
  • Samuel Freias Soares
  • Rosana dos Santos Costa
Modalidade:
Pôster
Área:
A enfermagem e o terceiro setor
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são adquiridas principalmente através de relações sexuais, pela via sanguínea e pela transmissão mãe-filho, e acarretam sérias consequências físicas, emocionais e psicológicas. No que concerne ao atendimento destinado aos portadores de DST é essencial que o mesmo seja realizado de forma sistemática, com prioridade para o diagnóstico oportuno, tratamento e aconselhamento, bem como redução de sua vulnerabilidade a esses agravos. Nesta perspectiva, o presente estudo tem como objetivos descrever os sentimentos das detentas com DST/Aids e discutir sobre as situações de vulnerabilidade, que contribuem para a contaminação por DST/Aids entre mulheres encarceradas. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, cujo cenário selecionado foi a Penitenciária Feminina de Teresina. Os sujeitos da pesquisa foram nove presidiárias, cujos critérios para seleção exigiam que as mesmas estivessem infectadas por uma DST, bem como tivessem conhecimento desse diagnóstico. Os instrumentos utilizados para a produção dos dados foram um formulário semi-estruturado, além de um roteiro para entrevista. Os depoimentos coletados foram agrupados em duas categorias: os sentimentos das detentas e . Percebeu-se que o momento do diagnóstico é um misto de confusão, surpresa, dúvida, alívio por estar com uma DST que tem cura, sensação de ter sido traída, mal estar físico e mental, podendo causar até mesmo sentimento de inferioridade ou situações mais extremas, como depressão e tentativa de suicídio. Sobre os fatores de riscos, as detentas relatam envolvimento com parceiros usuários de drogas injetáveis, relação sexual desprotegida, parceiros casuais, além do hábito de frequentar salões de beleza ou estúdios de tatuagem que não estão habilitados para atender os clientes com segurança. Portanto, a população encarcerada deveria ser acolhida no sentido de ser orientada e alertada para o reconhecimento precoce de sinais e/ou sintomas primários relativos ao surgimento de infecções diversas, numa abordagem voltada para ações de aconselhamento e educação em saúde.