Ventilação mecânica é um método utilizado para tratar o paciente grave em sua enfermidade, sendo que o critério para essa intervenção deve ser cuidadoso, pois a sua aplicação requer cuidados específicos e monitoração constante. Por ser tratar de um paciente grave, é necessário que o mesmo seja cuidado em uma unidade de terapia intensiva; todavia a cada dia aumenta a demanda para este setor nos hospitais, fazendo com que os cuidados destes pacientes, muitas vezes, sejam realizados em um setor diferente do exposto. A utilização de protocolos visando à manutenção do rigor técnico no controle das rotinas relacionadas à ventilação mecânica certamente contribui na prevenção das complicações do paciente, na diminuição dos custos, no sucesso do desmame e consequentemente no aumento da qualidade da assistência de enfermagem. Assim, objetivo do trabalho é descrever a experiência de vivenciar a confecção de um manual para pacientes em ventilação mecânica em ambientes externos a unidade de terapia intensiva (UTI) em um hospital universitário público. Entende-se por manual como um instrumento que reúne, de forma sistematizada, normas, rotinas, procedimentos e outras informações necessárias para a execução das intervenções de enfermagem. No decorrer do processo, houve dificuldades quanto a delimitar quais os cuidados a serem implementados no instrumento e a maneira com que os mesmos seriam expostos e fundamentados cientificamente, pois o instrumento precisa ser objetivo, claro, conciso, de fácil acesso e entendimento. A busca pela fundamentação teórica deu-se de maneira exaustiva para que a credibilidade fosse garantida bem como as fontes bibliográficas utilizadas. Neste contexto, apreendemos que o desenvolvimento de um manual é complexo e trabalhoso, e deve contemplar as fases de desenvolvimento propostos na literatura: diagnóstico da situação, determinação do assunto, estruturação e confecção do instrumento. Já foi comprovado que a assistência de enfermagem a pacientes em ventilação mecânica deve ser feita em UTIs, mas infelizmente essa não é uma realidade vivida no país. Tal fato não expressa a opinião da autora ou dos membros do grupo em concordar com tal situação, porém é necessário uma medida institucional, a fim de minimizar o problema, bem como possíveis danos a assistência a esta clientela e consequentemente aos pacientes.