Introdução: A Hanseníase constitui uma doença infecto-contagiosa crônica causada pelo bacilo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, um parasita intracelular obrigatório que acomete principalmente células cutâneas e nervos periféricos, mas também manisfesta-se como uma doença sistêmica comprometendo articulações, olhos, gânglios e outros orgãos. Apresenta evolução lenta, alta infectividade e baixa patogenicidade, manifestando-se principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos. A transmissão se faz de forma direta, por via respiratória, sendo necessário contato direto e prolongado com o doente que não tenha iniciado o tratamento. Objetivo: Realizar um levantamento bibliográfico sobre a relevância das ações de enfermagem na assistência e orientação dos pacientes com hanseníase. Metodologia: O trabalho tem enfoque descritivo a partir de pesquisa bibliográfica em livros e artigos de cadernos de saúde pública, realizada nos meses de março e abril de 2011. Resultado: Considerando que o trabalho da enfermagem para o controle da hanseníase consiste no atendimento integral ao paciente/família e coordenação dos serviços de saúde, o enfermeiro deve ainda realizar estratégias no sentido de garantir a adesão do paciente ao tratamento, além de trabalhar em equipe multiprofissional, visando uma melhor qualidade no serviço prestado. É também de responsabilidade do enfermeiro desenvolver ações educativas e de mobilização envolvendo a comunidade e equipamentos sociais, demonstrando importância do auto-exame, do controle da hanseníase e combate ao estigma. Conclusão: As ações realizadas pelo enfermeiro devem ser pautadas na perspectiva do acolhimento do portador de hanseníase, mediante diálogo e respeito. É o que vai orientá-lo no entendimento de sua doença, na melhor realização do auto-cuidado, prevenção de incapacidades físicas e promoção da saúde. É na recepção do usuário no serviço de saúde que toda atenção deve ser dada, na capacitação dos profissionais responsáveis, de modo a estimular a entrada e a adesão do portador de hanseníase, ao acompanhamento do seu tratamento e vigilância epidemiológica. É importante ressaltar que, em nenhum momento a pessoa deve sofrer qualquer tipo de restrição em relação às atividade de vida diária, desempenhadas com a família, no trabalho, escola e lazer. Assim, o enfermeito pode consolidar suas capacidades agindo de forma ética, humanizada e acolhedora, cumprindo assim seu papel com responsabilidade social.