A meningite é uma inflamação das meninges, uma membrana que reveste o encéfalo e a medula espinhal, e constitui em um sério problema de saúde pública. A meningite ocasiona uma série de complicações tanto imediatas quanto tardias, que pode culminar em danos irreversíveis no sistema nervoso central, ou levar a óbito. São vários os tipos de meningites, sendo elas causadas por diversos agentes infecciosos ou não. As meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela sua magnitude e capacidade de ocasionar surtos. Por se tratar de um problema complexo e multifacetado, com diferentes etiologias e distintos impactos sobre a saúde pública, este estudo objetiva descrever situação epidemiológica das meningites no município de Itabuna no período de 2007 a 2009. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado por meio de um levantamento epidemiológico com dados secundários obtidos através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2007 a 2009, disponíveis no serviço de Vigilância Epidemiológica do município de Itabuna/BA. Foram utilizados no estudo as variáveis a saber: sexo, faixa etária, etiologia. Nos anos em estudo foram notificados um total de 57 casos suspeitos, desses 37 casos foram confirmados, a maior ocorrência concentra-se no sexo feminino (51%). A faixa etária mais atingida é a menor de 1 ano (30%), que coincide com estudos realizados em outras regiões, seguida 5-9 anos (16%) ídem para a faixa de 30-39 anos (16%). A etiologia mais predominante foi a não especificada com 47% dos casos, seguida da ignorada/em branco com 34%. As etiologias definidas tiveram baixa predominância - Meningococcemia (5%), Meningite por outras bactérias (5%) e meningite asséptica (4%). Nesse contexto, ressalta-se a fragilidade em se obter um diagnóstico laboratorial, já que 83 % dos casos das meningites não foram especificadas, o que pode levar a uma assistência inadequada e a não adoção de medidas pela Vigilância epidemiológica. Assim, destaca-se a importância de conhecer a realidade epidemiológica do município, a fim de poder adotar medidas oportunas e de qualidade para a prevenção e controle de modo a elucidar e reduzir os casos.