O controle do câncer constitui um problema de saúde pública no Brasil. O câncer do colo do útero é o segundo comum entre mulheres. A incidência situa-se na faixa etária de 20 a 49 anos. O principal meio de prevenção e detecção do Câncer do Colo do Útero é a realização do exame Papanicolau – uma tecnologia simples, porém eficaz para redução da incidência do câncer de colo de útero e da morbidade de seus portadores. À luz dessa realidade, o presente estudo teve como objetivos: identificar o nível de adesão ao exame Papanicolau entre mulheres na faixa etária de 18 a 49 anos; analisar os prontuários da Unidade de Saúde da Família (USF) Dr. Ildefonso Guedes Araújo sobre os exames Papanicolau agendados; identificar os motivos da não adesão ao exame Papanicolau entre mulheres na faixa etária de 18 a 49 anos; averiguar o conhecimento das mulheres sobre a importância do exame Papanicolau. Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa e qualitativa, de caráter descritivo, tendo como cenário de estudo uma Unidade de Saúde da Família. A Fase de coleta dos dados foi dividida em 2 momentos, no primeiro momento analisamos 150 prontuários de mulheres, e no segundo momento foram aplicados 15 formulários para as mulheres que não agendaram o exame . A amostra foi composta por 15 mulheres. De acordo com a pesquisa realizada foi possível observar que a maioria das mulheres não adere ao exame Papanicolau. Os resultados demonstraram que das 15 mulheres sua quase totalidade não realiza o exame Papanicolau freqüentemente, apresentando o início da vida sexual precoce, relacionamento estável, e baixa escolaridade. As principais razões para a não realização do exame foram: ausência de problemas ginecológicos, vergonha, medo/desconforto/incômodo e dificuldades de acesso. Conclui-se que existe uma carência na assistência à saúde da mulher, e que muito se tem a fazer, especialmente na prevenção do câncer do colo do útero, nos aspectos educativos e operacionais, bem como no que se refere ao acesso aos serviços. É necessária uma reorganização nos serviços prestados, com finalidade de aumentar o acesso e a utilização do serviço de prevenção, diminuindo a incidência do câncer cérvico-uterino.