O trabalho de parto sempre foi visto por muitos como um acontecimento estressante e doloroso para a mulher. Buscando minimizar a dor e reduzir as práticas medicamentosas excessivas, as terapias complementares foram inseridas na assistência à mulher no ato de parturição. A implementação das terapias complementares no trabalho de parto direciona para uma assistência de qualidade, visto que essas tecnologias do cuidado valorizam a mulher nas suas particularidades, devolve sua autonomia e privacidade, tornando-as mais ativas e participativas durante todo o trabalho de parto. Desta forma, esta pesquisa delimitou como objeto de estudo a percepção de parturientes acerca do uso das terapias complementares no trabalho de parto e teve como objetivos: descrever as terapias complementares utilizadas pelas parturientes durante o trabalho de parto e discutir a percepção das parturientes acerca do uso das terapias complementares durante o trabalho de parto. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, que teve como cenário o Centro de Parto Normal de uma maternidade pública, em Teresina-PI. Foram sujeitos deste estudo 10 parturientes que utilizaram terapias complementares durante o trabalho de parto. Os dados foram produzidos por meio de um roteiro semi-estruturado, no período de abril a maio de 2011. Esta pesquisa obedeceu aos princípios da Resolução 196/96 e obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa Faculdade Santo Agostinho. Dos relatos emergiram três categorias temáticas: as terapias complementares utilizadas no trabalho de parto; as terapias complementares na diminuição do tempo de parturição, alívio da dor e maior conforto durante o parto e a assistência de enfermagem combinada ao uso das terapias ,como fator relevante na qualidade da assistência.Verificou-se que diversas foram as terapias utilizadas no trabalho de parto, como bola suíça, banho de aspersão, agachamento, musicoterapia, massagens, técnicas respiratórias e que essas terapias promovem o alivio da dor, o relaxamento muscular e a efetivação de um parto normal sem distócias. Contudo, na implementação dessas terapias é possível realizar uma assistência de enfermagem de qualidade, onde prevaleça o respeito e os sentimentos, ou seja, valorize as particularidades de cada mulher. Essas práticas permitem à enfermagem o surgimento de uma nova área de atuação, onde a enfermeira possa atuar de maneira holística e humanística.