Realizar ações de educação e promoção em saúde numa conjuntura social mergulhada em profundas desigualdades socioeconômicas se configura como proposta essencial para aqueles que ousam trabalhar no contexto brasileiro das unidades básicas de saúde da família. Nesse sentido o presente trabalho objetiva compartilhar uma experiência exitosa desenvolvida no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde, vinculado a Universidade Federal da Paraíba UFPB, o qual trabalha numa perspectiva de integração ensino-serviço-comunidade. A experiência aqui partilhada ocorreu na UBSF do PROSIND I, localizada no bairro de Mangabeira, zona sul de João Pessoa - PB em maio de 2011. As ações desenvolvidas no PET-SAÚDE são multifacetadas e procuram trabalhar com as fragilidades constatada pela comunidade e pelos profissionais de saúde de cada unidade básica, nesse sentido tomamos o conhecimento que uma ONG chamada Aldeia SOS e que fica na microárea de abrangência da UBSF do PROSIND I, apresenta-se bastante acolhedora de propostas de cunho social, tendo em vista que o público alvo da ONG são crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e que estariam nas ruas caso não fossem acolhidas pela ONG, a qual desenvolve ações educativas e sociais com essas crianças em horário oposto ao que estudam. Os integrantes do PET-SAÚDE após constatar a realidade e as necessidades daquelas crianças, construíram uma proposta de educação em saúde que contemplava uma temática bastante atual e pouco compreendida em sua essência que é o EXERCÍCIO COTIDIANO DA PAZ a qual pode ser trabalhada com o suporte de um teatro de fantoches, além de um texto com uma linguagem bastante lúdica e apropriada para faixa etária. Ao final da ação convidamos as crianças a refletirem coletivamente e ilustrarem com desenhos, como elas poderiam estar contribuindo para um convívio mais pacifico e tolerante com seu próximo. Este trabalho trata-se de um estudo descritivo acerca de um relato de experiência, no qual buscamos compartilhar o aprendizado e os desafios vivenciados pela comunidade e pelos trabalhadores da atenção primária de saúde. Ao final observamos na análise dos relatos e dos desenhos construídos grande satisfação nos presentes, na certeza de que proposta atingiu o seu objetivo de despertar a consciência de um convívio de paz e tolerância principalmente com as pessoas que convivemos dentro de cada núcleo familiar.