INTRODUÇÃO: No Brasil, as unidades hospitalares em geral, fazem o uso de aparelhos de ar condicionado em suas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com a finalidade não somente de evitar o superaquecimento dos equipamentos, mas também para manter as condições de conforto e pureza do ar. Esta situação ocasionou um problema, pelo fato de não sendo satisfatórias as taxas de renovação de ar, o ar viciado recircular no ambiente, propiciando a colonização de microorganismos, e por este motivo é grande a preocupação com a qualidade do ar interno de (UTIs).OBJETIVO: Foi avaliar a qualidade do ar de uma Unidade de Terapia Intensiva no município de Três Lagoas – MS, identificando os principais microorganismos encontrados, as infecções hospitalares causadas pelos mesmos e as complicações mais freqüentes que podem acometer o doente hospitalizado. METODOLOGIA: Neste estudo, foi empregado um amostrador microbiológico de ar do tipo impactador, que aspira o ar do local, depositando as partículas presentes no ar ambiente diretamente na superfície de uma placa de Petri, que posteriormente foi incubada e analisada quanto à presença das colônias e expressas como unidades formadoras de colônias (UFC/m3). RESULTADOS: Observou-se que no ambiente analisado, a concentração média de fungos filamentosos desenvolvidos em ágar-Saboraud não ultrapassaram o valor máximo recomendado pela resolução RE n° 9 da ANVISA, de 750 Unidades Formadoras de Colônia (UFC)/m³ onde valor máximo observado no ambiente interno da UTI foi de 315 UFC/m³, sendo os gêneros mais frequentes de fungos Aspergillus, Penicillium, seguidos por Cladosporium.. CONCLUSÃO: A partir de uma análise dos resultados obtidos, é sabido que em ambientes climatizados deve haver uma rigorosa limpeza no sistema de ar condicionado devido ao fato de que a presença de fungos, principalmente em UTI’s pois os internados apresentam uma imunosupressão, podem gerar diversas patologias, porém a concentração de fungos encontrados não atingiram os parâmetros estabelecidos pela Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) que preconiza que o valor máximo recomendado para a contaminação microbiológica.