Nas últimas décadas tem aumentado o número de estudos que avaliam os transtornos mentais na população em geral. Entre eles, os mais importantes foram conduzidos nos países ocidentais e demonstraram que 90% da morbidade psiquiátrica nessas populações compõem-se de distúrbios não-psicóticos, principalmente depressão e ansiedade, incluindo uma série de queixas inespecíficas e somáticas. A literatura indica que o período gravídico-puerperal é a fase de maior incidência de transtornos psíquicos na mulher, devido às transformações no organismo e no seu bem-estar, alterando seu psiquismo e o seu papel sociofamiliar, podendo assim, ser um período em que se observam aumentos de sintomatologias, ou mesmo, o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, onde a mulher necessita de atenção especial para manter ou recuperar o bem-estar, e prevenir dificuldades futuras para o filho. Durante a gravidez e o puerpério, a depressão é o transtorno mental de maior prevalência, segundo a literatura, e está associada a fatores de risco, como antecedentes psiquiátricos, dificuldades financeiras, baixa escolaridade, gestação na adolescência, falta de suporte social, eventos estressores e história de violência doméstica. Para que os transtornos mentais na gravidez e puerpério sejam prevenidos, deverá ser feito um acompanhamento médico, de todas grávidas/puérperas, principalmente as de alto risco, fazendo uma monitorização adequada de sua saúde mental, tomando eventualmente medidas preventivas e/ou adicionais. Este trabalho consistiu em uma revisão integrativa da literatura nacional dos principais estudos sobre os transtornos mentais em mulheres no período de gestação e puerpério. Para tanto, a partir do portal da BVS, foi consultada a base de dados LILACS e Google Acadêmico. A amostra final foi de 7 artigos publicados em português nos últimos dez anos, com o objetivo de analisar quais as evidências na literatura nacional de 2000-2010 sobre transtornos mentais em mulheres no período gravídico-puerperal. Os resultados da pesquisa, de acordo com a análise do conteúdo das evidências, identificaram três Eixos Temáticos: Eixo 1 – Fatores de risco; Eixo 2 – Intervenção Multidisciplinar; Eixo 3 – Importância. Assim, com a revisão integrativa da literatura nacional observa-se a relevância em realizar mais pesquisas nessa temática, que infelizmente, ainda são escassos, dificultando assim, um maior conhecimento sobre o assunto e um melhor atendimento a essas mulheres.