A Atenção Primária à Saúde (APS) constitui um conjunto de ações básicas, articulado a um sistema de promoção e assistência integral à saúde. Esta promove a organização e racionalização dos recursos direcionados para a promoção, manutenção e melhoria da saúde. Sendo a porta de entrada do usuário para satisfação das suas necessidades e solução dos problemas, fornecendo atenção para o indivíduo, no decorrer do tempo. Neste contexto, em 2006, é aprovada a Política Nacional de Atenção Básica que estabelece as diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica e das especificidades da Estratégia Saúde da Família (ESF) e da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS), bem como de seus processos de trabalho. O estudo tem como objetivo relatar a prática do cuidado vivenciada (PVC) por acadêmicas de enfermagem da Faculdade de Ciências, Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), situada na capital do Rio Grande do Norte, onde há a EACS. Como recursos metodológicos foram utilizados: uma revisão de literatura a ser aplicada na vivência e o registro no Diário Vivencial. Durante a PVC observou-se que os profissionais desenvolvem atividades preconizadas pelo Ministério da Saúde, com foco na educação em saúde. Constatou-se isto pela existência do grupo “Amigos do Coração da Comunidade Praiana” que tem como integrantes indivíduos sadios, com hipertensão e outros problemas de saúde, com a participação de uma equipe multiprofissional e das acadêmicas de enfermagem da FACEX. Nestas vivências percebeu-se a relevância das ações de promoção, proteção à saúde e a prática do autocuidado, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos participantes do grupo. Para isso, o conhecimento prévio do sujeito envolvido é sempre resgatado como forma de construir um ensino-aprendizado pautado na troca de saberes, estimulando-o a ser protagonista no seu processo saúde-doença-cuidado. Além de desenvolver práticas educativas, dinâmicas, atividades lúdicas e exposições dialogadas, que os colocam como agentes participativos na construção do conhecimento. Essa PVC enriqueceu a formação das acadêmicas, pois foi possível encontrar, na prática ações desenvolvidas pela equipe de saúde, mesmo na UBS sem a ESF. Dessa forma, torna-se possível desenvolver ações em saúde numa perspectiva educativa e participativa quando há o envolvimento dos profissionais-indivíduos no processo de cuidado.