Introdução: A depressão tem uma prevalência alta na terceira idade, além de apresentar características peculiares. Na pessoa idosa, os sintomas clínicos surgem em um contexto de perda de qualidade de vida e isolamento social, associado ao surgimento de doenças crônico-degenerativas. Neste contexto, o enfermeiro, enquanto membro da equipe multidisciplinar desenvolve seu papel clínico focado nas respostas da pessoa idosa à depressão. Entretanto, considerando a dificuldade de estabelecer o diagnóstico diferencial de tal patologia, o reconhecimento dessas respostas pode passar despercebido. Diante dessa realidade, é destacada a importância da avaliação do estado de saúde, de forma sistemática e holística, do indivíduo idoso para a identificação mais precoce e mais acurada de reações que correspondem a uma possível depressão. Desta forma, as intervenções de enfermagem deverão concorrer para recuperação do senescente deprimido. Objetivo: Identificar, na literatura, as reações da pessoa idosa acometida por depressão e suas respectivas intervenções de enfermagem. Metodologia: Optou-se pelo método de revisão de literatura, utilizando-se os descritores: enfermagem; pessoa idosa e depressão. O levantamento bibliográfico foi realizado no banco de dados LILACS, MEDLINE e CINAHL sem definição do intervalo do período de busca, totalizando 21 artigos até março de 2011. Resultados: As publicações se concentraram principalmente no sul e sudeste do país, no período de 2002 a 2010. Os resultados revelam que no gênero feminino e na faixa etária de 60 a 70 anos há maior prevalência de depressão. Os indivíduos idosos deprimidos, em sua maioria, se caracterizaram como viúvos, analfabetos e economicamente inativos e/ou mal remunerados. Segundo a maioria dos estudos revisados, as reações da população idosa frente à depressão se baseiam, principalmente, nas alterações de humor e cognição, além do aparecimento de queixas somáticas inespecíficas, idéias paranóides e suicidas. Conclusão: Ao basear-se nas características clínicas da pessoa idosa deprimida, o enfermeiro reconhece, de maneira mais acurada e precisa, as reações que podem sugerir uma possível depressão. Dessa maneira, é possível planejar e implementar intervenções de enfermagem que visem a minimização das respostas ao transtorno depressivo e melhora da qualidade de vida da pessoa idosa.