O gerenciamento Resíduos dos Serviços de Saúde, a partir da Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA nº 306, de 07 de dezembro de 2004, passou a ser uma atividade inerente aos serviços de saúde. Independente da sua vinculação federativa e, inclusive, de sua natureza pública ou privada, essa responsabilidade extrapola o nível organizacional dos serviços de saúde, exigindo ações que envolvem a educação dos profissionais e à contratação de serviços especializados para o manejo e destinação final. Dependendo do nível de complexidade assistencial, esse gerenciamento assume uma complexidade que demanda esforços dos envolvidos na atenção à saúde. No Hospital Regional Tarcísio de Vasconcelos Maria em Mossoró-RN, esse gerenciamento foi elaborado e sua implementação acontece em um descompasso com o rigor dos instrumentos legais, por se tratar de um hospital de referência regional e sede de campos de estágios para os cursos da área da saúde. Há a necessidade de se efetivar esse gerenciamento assegurando uma destinação adequada a esse grupo de resíduos, bem como uma assistência que minimize os riscos para profissionais e população em geral. Esta pesquisa objetivou descrever a implementação do gerenciamento dos resíduos no âmbito do hospital. Realizado em 2009, a partir de observação direta da realidade, nas unidades assistenciais e setor responsável por essas ações. Constatou-se que o plano de gerenciamento foi elaborado desde o ano 2005. De acordo com as metas previstas, várias ações foram efetivadas: a identificação das lixeiras para cada tipo de resíduo, capacitação dos profissionais, organização do fluxo de coleta interna, e a contratação de uma empresa para recolher e assegurar a destinação final dos resíduos. Apesar de prioritárias, essas medidas ainda tiveram alcance parcial na efetivação do gerenciamento dos resíduos. Ainda foi possível identificar: ausência de um local apropriado para o armazenamento temporário dos resíduos, número insuficiente de lixeiras, lixeiras não identificadas, segregação inadequada dos resíduos infectante armazenado em lixeiras com resíduo não infectante. Sua efetivação é parte do processo assistencial, devendo ser incorporada aos processos de trabalho dos profissionais. No referido serviço, identificamos avanços na implementação do gerenciamento, assim como, condições limitantes de sua eficácia que apesar de pontuais, podem comprometer tanto a destinação adequando dos resíduos, quanto a segurança dos profissionais e dos usuários.