A hipertensão arterial vem ao longo do tempo ganhando proporções significativas devido à mudança de hábitos ocorrida nas últimas décadas, tornando-se progressivamente um dos mais importantes problemas de saúde pública na atualidade. Diante desse problema o Ministério da Saúde – MS sentindo a necessidade de conhecer o perfil dos hipertensos no Brasil, e de ter uma forma de sistematizar a atenção à saúde dessa clientela, tendo como estratégia o monitoramento dos hipertensos, determinou através da portaria n° 371/GM de março de 2002 criou o Programa Nacional de Assistência Farmacêutica para Hipertensão Arterial e Diabetes Melitus, o HIPERDIA. Esse programa tem como intuito oferecer assistência tanto na esfera da profilaxia quanto no tratamento precoce da hipertensão arterial e do Diabetes Mellitus. O presente trabalho objetiva conhecer a resolutividade desse programa no controle da hipertensão arterial, bem como os principais entraves enfrentados na operacionalização do programa. O estudo é do tipo exploratório, tendo como campo de pesquisa o a Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) localizada no bairro Belo Horizonte município de Mossoró – RN e sendo realizado durante a disciplina estágio supervisionado I. Como atores envolvidos na pesquisa têm-se os Agentes Comunitários de Saúde, acadêmicos da faculdade de enfermagem- FAEN/UERN e da equipe da ESF. Analisando os dados percebe-se que estas ações não apresentam muita resolutividade, pois na realidade o programa está resumido à realizações de ações pontuais, como a entrega de medicamentos, por exemplo, perdendo assim a capacidade de monitorização a que se propõe. O alto índice de prevalência de hipertensão arterial mostra à baixa resolutividade das ações da atenção básica destinada a essa clientela, alertando assim para a necessidade da adoção de políticas de saúde voltadas para a população que possam transformar essa realidade. A efetivação da estratégia do HIPERDIA enquanto instrumento de prevenção e promoção à saúde na atenção básica poderá contribuir para a redução desses índices, evitando assim complicações advindas de um diagnóstico tardio ou de um controle inadequado.