Anais - 14º CBCENF
Resumo
Título:
ENFRENTAMENTO DAS SEQUELAS NEUROLÓGICAS E DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES REMANESCENTES NA PERCEPÇÃO DO CLIENTE
Relatoria:
ELCIANE APARECIDA CORDEIRO DA SILVA
Autores:
- ZÉLIA MARILDA RODRIGUES RESCK
Modalidade:
Pôster
Área:
A enfermagem e o terceiro setor
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O aumento da carga imposta pelas doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) tem sugerido uma importante mudança no perfil da mortalidade da população brasileira e na complexidade dos serviços de saúde para manejo, como a utilização do método epidemiológico para o planejamento, organização e execução de atividades em saúde. Devido à sequelas neurológicas, a equipe de saúde, em especial o enfermeiro, tem o dever de planejar e implementar um plano de cuidados que contemple todas as necessidades apresentadas pelo paciente e colabore com a sua reabilitação. Os cuidados domiciliares são elementos fundamentais ao tratamento, considerando que o período de reabilitação após uma seqüela neurológica pode ser bastante prolongado. Vale ressaltar, que a assistência de enfermagem prestada ao paciente acometido neurologicamente não deve ser direcionada somente a ele. A família precisa ser alvo dos cuidados, uma vez que o envolvimento dos familiares no processo de recuperação pode interferir positivamente na saúde do paciente. Objetivou-se apreender do sequelado neurológico o seu enfrentamento no cotidiano de vida, o processo de desenvolvimento das capacidades remanescentes e reabilitação e reinserção na sociedade. Adotou-se a abordagem qualitativa, utilizando a vertente fenomenológica. Após uma análise sistemática dos dados coletados, foi possível apreender dos clientes portadores de sequelas neurológica se essas implicam em algum grau de dependência, incapacidades e perda da autonomia, o que pressupõe a necessidade de alguém que o auxilie no desempenho das atividades diárias. Foi possível presenciar as dificuldades que este possui em enfrentar a doença e aderir a um tratamento para sua reabilitação, devido a dificuldades financeiras, limitações da família, a presença de distúrbios neurológicos como depressão, entre outros; e a falta de uma rede de apóio à família e ao cliente. E aqueles que superam bem a doença e hoje possuem uma vida saudável sem nenhuma seqüela que os impossibilita de fazer tudo que faziam antes. Concluí-se que a maioria das pessoas que sofrem alguma doença neurológica nunca mais são capazes de fazer tudo que faziam antes, além das sequelas físicas, o medo e a dificuldade em reinserir na sociedade.