A administração medicamentosa trata-se de uma atribuição do enfermeiro e da equipe de enfermagem, configurando-se como umas de suas maiores responsabilidades profissionais. Considerando que essa atividade vem sendo praticada, na maioria das instituições de saúde, por técnicos de enfermagem cabe ao enfermeiro avaliar e acompanhar criteriosamente a competência técnica de sua equipe afim de garantir um desempenho seguro e livre de riscos ao paciente.OBJETIVO: Descrever a estratégia de educação continuada em administração medicamentosa com os técnicos de enfermagem.MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizada em um hospital público de média complexidade do norte do Paraná, no período de abril a maio de 2011. O relato baseou-se na experiência do enfermeiro com o treinamento da equipe de técnicos de enfermagem na administração medicamentosa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir de uma pesquisa do setor de educação continuada identificou-se uma demanda dos técnicos de enfermagem por treinamentos relacionados a medicações. Através de uma reunião entre supervisores e o coordenador de enfermagem optou-se pelo acompanhamento individualizado dos técnicos. Inicialmente foram realizadas reuniões com os técnicos de enfermagem do setor de internação clínica da instituição para socializarmos quais eram os objetivos a serem alcançados com esse acompanhamento e como o mesmo ocorreria. Em seguida, foi aplicado um pré-teste em todos os técnicos de enfermagem que continha uma série de questões de múltipla escolha relacionadas à ação dos fármacos, vias de administração, diluição, efeitos adversos, tempo de infusão para que obtivéssemos um diagnóstico das fragilidades a serem trabalhadas. Logo foram selecionadas duas funcionárias de cada período para serem acompanhadas e foram discutidos durante aquele mês diariamente a relação da patologia do paciente a medicação prescrita, o efeito da droga, os cuidados antes, durante e após administração, os cálculos de soro e diluição de antibióticos e transfusão de hemoderivados. Associada a prática todo o conteúdo era discutido através de materiais didáticos repassados. CONCLUSÃO Essa experiência apresentou-se gratificante para o enfermeiro, além de proporcionar seu auto-desenvolvimento. Devemos considerar que esse acompanhamento melhorou tanto o desempenho profissional dos técnicos quanto sua auto-estima.