O câncer do colo uterino é um problema de saúde pública mundial, sendo atualmente o segundo câncer mais comum no sexo feminino, ocupando o primeiro lugar no índice de mortalidade e incidência no Estado do Acre. Esse estudo objetivou analisar o perfil das mulheres que apresentaram diagnóstico positivo de câncer de colo de útero no Município de Cruzeiro do Sul-Acre. A pesquisa se apresenta como uma abordagem quantitativa do tipo descritivo exploratório de amostragem intencional não probabilístico, sendo selecionadas para o estudo 18 mulheres com diagnóstico positivo para câncer de colo de útero, nos anos de 2008 e 2009. O estudo obteve como resultado um índice maior no que se refere a média de idade das mulheres de 40 anos, chegando a porcentagem de 81,3% para casadas, solteiras, separadas ou divorciadas e outros representaram 6,3%. 43,8% tinham o 1º grau incompleto, 25% 1º grau completo e 6,3% eram analfabetas, além do que 75% estavam desempregadas. Em relação à sexarca a média foi de 15 anos, a idade mínima encontrada foi 14 anos (18,8%) e máxima de 20 anos (6,3%), 37,5% referiram ter tido um parceiro sexual e 25% referiram ter tido 2 parceiros. 53,3% das mulheres em estudo apresentavam infecções ginecológicas ou IST’s freqüentemente. Por outro lado 18,8% das mulheres eram fumantes e 18,8% eram ex- fumantes, sendo que 62,5% referiram nunca terem fumado. 81,3% não usavam contraceptivo hormonal. Constatou-se ainda que 56,3% das mulheres tinham algum tipo de câncer na família. 81,3% estavam em tratamento para o câncer uterino sendo que destas 68,8% referiram ter saído da cidade para realização do mesmo, isso porque o município de Cruzeiro do Sul não apresenta estrutura necessária para o tratamento do câncer cérvico-uterino. A maioria das mulheres apresentou déficit de conhecimento em relação ao exame Papanicolau. Para o aprimoramento do Programa, deve-se investir cada vez mais em capacitação profissional e em estruturas básicas de funcionamento. Assim, há necessidade de estímulo financeiro, técnico e político.