INTRODUÇÃO: Desde os primórdios, o homem sentiu a necessidade de comunicar-se e para isso descobriu e utilizou diversas técnicas, fazendo fogueiras e sentar-se ao redor delas, reunir a família para falar do dia-a-dia ou de fatos corriqueiros, foi assim que surgiu a contação de histórias que permite levar o ouvinte a indistintos lugares. Introduzir histórias no mundo imaginário das crianças oncológicas permite a criação de um novo mundo onde tudo é possível, buscando o otimismo para elevar a auto-estima das mesmas. OBJETIVO: Relatar a experiência de contação de histórias realizadas durante as visitas hospitalares a crianças oncológicas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, realizado durante as visitas semanais dos voluntários do projeto Anjos da Enfermagem (AE) no Hospital Albert Sabin e Centro Pediátrico Oncológico, Fortaleza-CE, nos meses de outubro/2010 a maio/2011. RESULTADOS: A visita ao leito é realizada individualmente. Pedimos para entrar e depois de aceito pelas crianças e pelo acompanhante, são realizadas de forma alegre e divertida perguntas para identificar se a criança gosta de história e de qual tipo gosta de ouvir. A partir desse momento buscamos imergir em um universo infantil que o contexto do quarto nos permite, no qual nos deparamos com um mundo repleto de surpresas colocando a fascinação pelo inesperado onde fadas se tornam bruxas e as mensagens de otimismo e carinho aproxima o contador de histórias a realidades vividas por estas crianças possibilitando o mesmo a ajudar digerir seus sentimentos. Após a história a criança é instigada a recriá-la a partir de sua imaginação desenhando e remontando-a a partir de sua visão sobre a mesma. Fazendo com que a hora do conto se eternize na memória. CONCLUSÃO: A contação de história torna-se um meio eficaz de ajudar as crianças oncológicas a dar-lhes com os novos sentimentos que afloram no momento de tamanha fragilidade, e não conseguindo assimilar sozinhas tornam-se confusas e incertas devido à busca da sobrevivência. Permite também um espaço de educação em saúde, possibilita a interação e aproximação com as crianças que se encontram hospitalizadas.