O Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é a desordem comportamental mais comum na infância, tendo como sintomas níveis de atenção, concentração, atividade e impulsividade impróprios ao desenvolvimento, geralmente descobertos na fase pré-escolar. O impacto desse transtorno na sociedade é enorme, considerando-se seu alto custo financeiro, o estresse nas famílias, o prejuízo nas atividades acadêmicas e os efeitos negativos na auto-estima. O presente estudo objetiva relatar a assistência de enfermagem prestada ao portador de TDAH. A metodologia utilizada trata-se de uma revisão bibliográfica, constituída de livros e artigos científicos relacionados ao TDAH. Frequentemente, as crianças com TDAH possuem uma história de vida desde a idade pré-escolar com sintomas, ou com um período de vários meses de sintomatologia intensa. O estágio do desenvolvimento pode interferir na apresentação clínica. O TDAH pode ser classificado em três tipos: prevalência de sintomas de desatenção; sintomas de hiperatividade/impulsividade; e o combinado. O enfermeiro possui vários métodos e estratégias possíveis de serem exercidas como cuidados específicos com o portador e sua família, colaborando no tratamento adequado do mesmo, desde o diagnóstico, realizando o acompanhamento individual ou em grupo até o auxílio no tratamento medicamentoso. Com relação a alguns cuidados de enfermagem à criança, podemos citar: garantir um ambiente seguro; criar uma relação de confiança, mostrando que é aceita mesmo em relação ao comportamento impróprio, porém conscientizando-a de que, naquele momento, ela foi inconveniente; oferecer situações de grupo; planear atividades que a levem ao sucesso; reconhecer os esforços bem sucedidos e positivar as tentativas feitas; permitir um ambiente livre de distrações para realizar tarefas; diminuir gradualmente o auxílio para realização da tarefa, assegurando que este estará disponível, se necessário; avaliar quanto à alteração do humor, nível de atividade, grau de agitação e agressividade; pesa-la regularmente. Através do estudo, podemos concluir que o diagnóstico de TDAH deve ser feito precocemente para o início do tratamento adequado, proporcionando aos portadores e seus familiares uma melhoria da qualidade de vida. O papel do enfermeiro é de importância extrema na terapêutica. É perceptível a diferença que o mesmo bem informado pode fazer, a partir da observação das maiores dificuldades do portador, para obtenção de sucesso no tratamento.