INTRODUÇÃO: A transfusão de hemocomponentes e hemoderivados é um processo que mesmo realizado de acordo com as normas técnicas preconizadas, não está livre de riscos para o paciente. A hemoterapia está assumindo um papel de grande relevância como auxílio na realização de tratamentos cirúrgicos, quimioterapias e transplantes. Diante de diversos estudos e progresso dos pesquisadores, ainda não se encontrou algo para substituir o sangue humano para fins terapêuticos. A qualidade e a segurança do sangue devem ser preservadas, desde a doação até a administração no receptor. Complicações ocasionadas por fatores como: a não conferência de dados nas bolsas, etiquetas, prontuários, identificação do receptor, na manutenção do sangue e falha no reconhecimento dos sinais e sintomas das reações transfusionais, podem trazer sérios prejuízos ao paciente, inclusive fatais. OBJETIVOS; identificar na literatura a importância da capacitação da equipe de enfermagem, para garantir uma assistência eficaz e livre de danos na administração de hemocomponentes e hemoderivados. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com artigos indexados nas bases de dados do LILACS e SCIELO, com os descritores: Segurança Transfusional, Hemoderivados, Hemoterapia com a delimitação do período de 2007 a 2011, dentre os quais foram levantados 241 artigos; destes selecionamos 11 que enfatizavam enfermagem em hemoterapia, e destes elegemos 4, os quais embasaram nosso estudo. RESULTADOS: A equipe de enfermagem em especial aos técnicos de enfermagem bolsistas apresentam deficiências graves em relação ao conhecimento sobre o processo transfusional, evidenciando que os profissionais de enfermagem que administram transfusão de sangue e hemoderivados nem sempre estão preparados para assumir esta responsabilidade, podendo trazer riscos a saúde coletiva. CONCLUSÃO: Os riscos envolvidos na transfusão de sangue e hemoderivados podem ser procedentes de erros e procedimentos inadequados do responsável pela transfusão. A medicina transfusional é um processo que depende da eficiência de vários profissionais, e não apenas do conhecimento ou habilidade de um. O enfermeiro necessita aprender todas as etapas do processo transfusional e habilitar toda a sua equipe, garantindo segurança e eficácia por parte de quem presta os cuidados e por parte de quem recebe, a única saída é a capacitação e educação continuada dos profissionais de saúde.