INTRODUÇÃO: É mister analisar sobre as possibilidades de mudanças, benefícios e desafios inerentes a essa interação que necessita ser experienciada, tanto pelas práticas hegemônicas quanto pelas outras formas de cuidar que têm como núcleo o ser humano. Essas práticas devem se comunicar, permitindo a integração e a inter-relação entre os sistemas oficiais e alternativos de saúde. Na realidade, elas se complementam, e dessa forma, conseguirão aproximar do atendimento e do cuidado tão almejado pelo cliente, além de favorecer a criação de vínculos efetivos na relação profissional-cliente. OBJETIVO: Analisar a possibilidade da inserção das práticas integralizantes no ato de cuidar em enfermagem. METODOLOGIA: Estudo teórico-reflexivo, que foi construído a partir da leitura crítica da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), no Sistema Único de Saúde (SUS), e da necessidade de discutir a formação do enfermeiro nesta perspectiva. Realizou-se uma pesquisa exploratória e sistemática em livros e documentos em formato eletrônico com utilização dos descritores em ciências da saúde, da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados 30 trabalhos disponibilizados na íntegra, relevantes e publicados nos últimos dez anos. RESULTADO: As pesquisas demonstraram que o desconhecimento dos enfermeiros em relação à legislação e a falta de capacitação específica são limitações para atuação profissional nesta área. Dessa forma, será preciso incluir ainda na graduação disciplinas teórico-práticas de terapias alternativas e quando egressos, os enfermeiros deverão procurar pós-graduações na área. CONCLUSÃO: A enfermagem pode oferecer uma assistência diferenciada nesta nova perspectiva de integração e complementaridade entre o cuidado convencional e os cuidados alternativos. Para isso, percebe-se que será preciso incluir ainda na graduação disciplinas teórico-práticas de métodos alternativos; e, quando egressos, os enfermeiros deverão buscar cursos de capacitações e/ou pós-graduações em TA/C, além de orientações junto à Sociedade Brasileira de Terapias Naturais na Enfermagem (SOBRATEN). Adquirindo, desse modo, subsídios necessários para a prática e o desenvolvimento de pesquisas nesta área.