Introdução:A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência de doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social. Durante muito tempo, as diferenças em saúde entre homens e mulheres foram naturalizadas, com base em teorias biológicas pretensamente neutras. A Estratégia Saúde da Família (ESF) possui como eixos estruturais da atenção primária ações assistenciais destinadas, principalmente, às crianças, mulheres e aos idosos, o que nos revela uma carência de programas voltados ao público masculino. Com respeito a pouca presença masculina nos serviços de atenção primária à saúde, muitas são as suposições e/ou justificativas. Objetivo: analisar as explicações presentes em artigos científicos sobre a pouca procura dos homens por serviços de saúde, principalmente a atenção primária. Metodologia: trata-se de uma revisão bibliográfica que segundo Gil (1999), é “desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Inicialmente realizou-se a escolha do tema, por ser este de significativa importância para a população e ser pouco conhecido os motivos pelo qual leva a essa situação. Realizou-se a busca eletrônica no banco de dados do scielo, bvs em enfermagem, ministério da saúde e Google acadêmico, utilizando os descritores saúde do homem, necessidades de saúde e atenção primária. Resultados: Por um lado, associa-se a ausência dos homens ou sua invisibilidade, nesses serviços, a uma característica da identidade masculina relacionada a seu processo de socialização. Vários estudos constatam que os homens, em geral, padecem mais de condições severas e crônicas de saúde do que as mulheres e também morrem mais do que elas pelas principais causas de morte. Conclusão : essa análise é importante para se refletir sobre as dificuldades, os obstáculos e as resistências associadas à saúde do homem numa dimensão relacional de gênero.