O transplante de órgãos, para milhares de pessoas, é o único tratamento possível para a continuidade de sua vida. O enfermeiro possui uma grande importância no processo de doação de órgãos, abrangendo toda a trajetória do processo, desde o seu início, com a procura de potenciais doadores, até o final, quando o receptor dá entrada no centro cirúrgico para o transplante. O envolvimento do enfermeiro, seja com o doador ou receptor, exige conhecimento sobre os Direitos Humanos, Ética, Bioética, Legislação Profissional e Legislação específica sobre a morte encefálica, doação e captação de órgãos. O objetivo do presente estudo foi averiguar quanto os enfermeiros estão familiarizados com o assunto, verificando o grau de conhecimento sobre o tema. Neste estudo, entrevistaram-se enfermeiros atuantes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), pois são os profissionais que estão mais próximos aos potenciais doadores e receptores. Trata-se de um estudo exploratório, de abordagem qualitativa, realizado através do Método de Explicitação do Discurso Subjacente (MEDS). Os resultados do estudo demonstram que os enfermeiros desconhecem grande parte dos assuntos pertinentes ao processo de doação de órgãos. Para que o sucesso na captação de órgãos ocorra, é necessária a educação desses profissionais, uma vez que ele está presente em todas as fases do processo. Assim, as pesquisas sobre a opinião e conhecimento deste profissional sobre doação de órgãos podem direcionar futuras abordagens e contribuir para as novas implementações na cidade de Dourados-MS.