Introdução: A assistência ao parto natural tem passado por várias mudanças com o decorrer do tempo. Na antiguidade, este tipo de parto era realizado por parteiras e ocorria nas residências. Com a evolução tecnológica, ele passou a ser realizado nos hospitais e, na maioria das vezes, utilizando-se de tecnologias e intervenções dispensáveis. Devido a esse modelo hospitalocêntrico, a mulher, muitas vezes, acaba perdendo o respeito a sua individualidade, não ocorrendo assim a atenção integral e individualizada. A humanização ao parto vem justamente na tentativa de resgatar uma atenção holística à mulher, devendo ser voltada para o bem-estar das que passam pelo processo do parto e nascimento e também das suas famílias. Objetivos: Avaliar a importância da humanização na assistência ao parto normal, identificando na literatura, os benefícios que o parto normal ocasiona para a mãe e o bebê; o papel da Enfermagem na assistência e as dificuldades para realização da mesma. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica, exploratória e descritiva, a luz da teoria científica respaldada em livros e artigos veiculados na base de dados do SciELO Brasil, a partir do ano 2000, que objetivou identificar os aspectos importantes relativos à humanização do parto. Resultados: Notou-se que a assistência ao parto humanizado pela enfermagem passa por dificuldades que vão desde falta de profissionais qualificados à resistência por parte dos médicos. Percebeu-se ainda que a mulher perde sua autonomia quando permanece separada da sua família durante o parto, é submetida a intervenções sem esclarecimento prévio, ou ainda recebe o uso abusivo, e muitas vezes desnecessário, de medicamentos durante o procedimento. Conclusão: Concluiu-se que os resultados demonstraram a necessidade de se promover maior sensibilização das mulheres e dos profissionais de enfermagem sobre a importância da humanização ao parto normal e da participação ativa da mulher durante este processo. Sendo assim, fica clara a importância da escuta pela equipe de saúde, devendo ser ouvidas e consideradas todas as dúvidas, vontades, medos e ansiedade que a mesma possa vir a sentir, bem como procurar compreender as questões culturais e religiosas de cada uma, buscando reduzir a medicalização, o número de partos cesáreos e as laqueaduras desnecessárias. Dessa forma, a enfermagem torna-se parte fundamental nesse processo por estar em maior contato com a mulher, desde o acompanhamento pré-natal até o parto e pós-parto.