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Anais - 14º CBCENF

Resumo

Título:
ANÁLISE DA MORTALIDADE MATERNA NO ESTADO DO PIAUÍ
Relatoria:
ANGELINE CRISTINA DE ANDRADE GOMES
Autores:
  • Kelly Cristina Silva e Silva
  • Juliana Oliveira Sousa e Mendes
  • Maria do Socorro de Almeida Chaves Soares
  • Alcineide Mendes de Sousa
Modalidade:
Pôster
Área:
A enfermagem e o terceiro setor
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A mortalidade materna é uma realidade presente nos serviços de saúde que continua a chamar nossa atenção pelos seus elevados índices, sendo um reflexo do desenvolvimento de saúde e social, e comprometendo, dessa forma, a assistência a saúde da mulher durante o pré-natal, parto e puerpério. Este estudo teve como objetivo, analisar a proporção de óbitos materno suas causas no Estado do Piauí, em 2009. Pesquisa de caráter epidemiológico, descritivo, retrospectivo e quantitativo. Utilizando-se o Programa Excel 2007 montou-se um consolidado com as informações extraídas a partir do banco de dados eletrônico sobre mortalidade materna da Secretaria da Saúde do Estado do Piauí. Dos dados coletados em 2009, foram registrados 50 óbitos materno por causas obstétricas diretas, indiretas e outras causas. Ressalta-se que para o cálculo da Razão de Mortalidade Materna (RMM), se utilizou um total de 37 óbitos, sendo excluídos 13 óbitos (06 por causa não obstétrica e 07 por outras causas). Portanto, a RMM para o período foi de 79.89 por 100.000 nascidos vivos (NV). Esses resultados apontam para uma elevada mortalidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerada aceitável uma mortalidade de até 20 óbitos por 100.000 NV. Dos óbitos ocorridos, 30 (81%) foram por causas obstétricas diretas, 07 (19%) por causas obstétricas indiretas. A faixa etária mais atingida foi de mulheres jovens de 20 aos 29 anos. A maioria de cor parda (31), escolaridade sem informação (16), sendo no hospital (39) onde predomina os óbitos maternos. A principal causa é hemorrágica (11), e de classificação obstétrica direta Em relação à assistência pré-natal das mães que evoluíram para óbito, mais de 51% tinham informação de realização de pré-natal. Quanto ao número de consultas com informação, o maior percentual foi de 7 ou mais consultas com o registro 36 (41,1%). Quanto à procedência 83,3% das mulheres tinha como endereço de residência o interior do Estado e 16,7% a capital. Diante desta realidade percebe-se que apesar de todos os esforços empreendidos e todo o compromisso político e social para redução da Mortalidade Materna no Piauí, ela ainda continua elevada e com predominância das causas obstétricas diretas, que em sua maioria podem ser evitadas.