A atuação do enfermeiro em obstetrícia e neonatologia é cercada por questões paradigmáticas inerentes à produção dos serviços de saúde. O modelo tecnicista ainda impera na atenção à mulher no processo parturitivo contrapondo-se as premissas da humanização orientadas pelo Ministério da Saúde. Desse modo, o objetivo deste estudo é realizar uma revisão sistemática da produção científica de enfermagem sobre a atuação do enfermeiro obstetra e neonatologia. Para tanto foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados BVS e SCIELO a partir dos seguintes descritores: enfermeiro, obstetriz, neonato e parto humanizado. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa que teve como critério de inclusão estar relacionado ao objetivo proposto. Após a busca dos artigos foram lidos os resumos e selecionados 12 textos. Assim, os resultados evidenciaram artigos originais em sua maioria com 9 textos, relato experiência, artigo de reflexão e artigo de revisão foi 1, totalizando 3 textos, dentre os anos de publicações foram: um de 1997 onde foi escolhido por ter um grande referencial para o assunto, um de 2004, dois de 2008, 6 de 2009 e 2 publicados em 2010, com 7 destes abrangendo o assunto da obstetrícia e 5 sobre a neonatologia. Percebe-se que os trabalhos convergiram para as discussões sobre o tema e trazem importantes reflexões no que se refere aos diversos problemas enfrentados pelos enfermeiros na área em discussão relacionada à falta de saberes deles próprios e das demais categorias profissionais, dentro de sua área de atuação e das funções que lhe compete. Em linhas gerais a literatura transparece o terreno conflituoso que é a atuação frente ao trabalho de parto sem distócia principalmente frente ao profissional médico o que conflui para a problemática histórica que há entre estas categorias. No que diz respeito ao neonato é visto que as pessoas tendem a achar que só sua vivencia da rotina é capaz de constituir saberes adequados para prestar a assistência com qualidade onde é necessária a maior cautela por se tratar de recém-nascido que necessita de maior prudência por não conseguirem referir o que sentem, e muitas vezes ser confundida sua dor por outros sinais fisiológicos. Portanto, é notória a importância da atuação do enfermeiro em obstetrícia e neonatologia, uma vez que os saberes e fazeres inerentes a prática são basilares diante a necessidade de reorganização do modelo de atenção ao parto no Brasil.