O câncer de próstata está entre as ocorrências mais freqüentes de casos novos de neoplasia maligna no mundo, sendo a terceira causa de morte entre os homens. No Brasil é o segundo mais comum entre a população masculina e a detecção precoce é de fundamental importância para que aumentem as possibilidades de cura. Entre as medidas preventivas, ressalta o exame de sangue Antígeno Prostático Específico (PSA) e o toque retal, um procedimento relativamente de baixo custo que, no entanto mexe com o imaginário masculino, a ponto de afastar inúmeros homens da prevenção do câncer de próstata. A pesquisa teve como objetivo avaliar o conhecimento de caminhoneiros com idade acima de 40 anos sobre a importância do exame de próstata, identificando quais os fatores de risco na vida desses indivíduos e que interferem na realização dos exames de detecção. Foi realizada uma pesquisa de campo de caráter descritivo com abordagem quantiqualitativa que foi desenvolvida com motoristas no município de Cacoal-Rondônia, entre os meses de agosto e setembro de 2009, após ter sido aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa 497/09. A amostra de 51 homens acima de 40 anos, caminhoneiros, estes responderam um questionário. Os resultados demonstram que entre os entrevistados haviam sedentários, tabagistas, adeptos a dieta rica em gordura animal e consumidores de bebida alcoólica. Desconhecem casos de câncer de próstata na família. Dos entrevistados 56,86% dos indivíduos possuem conhecimento sobre o que é próstata, sendo que 68,62% já receberam orientação sobre a temática, e 80,4% conhecem alguém que já realizou algum tipo de exame para detecção do câncer de próstata. Embora conheçam os exames, tivemos um total de 30 coletas de sangue para o PSA, 7 ultrassonografia, 4 tomografia computadorizada, 2 ressonância magnética, 1 biópsia da próstata e 1 exame de toque retal. Observou-se que 41,18% dos caminhoneiros realizaram o exame por solicitação medica, 25,49% não realizaram nenhum tipo de exame e 21,57% pediram solicitação por interesse próprio. Na ocasião das consultas, alguns profissionais tratam apenas a patologia em questão e não usam a oportunidade para orientação. Concluiu-se que falta uma estratégia bem planejada para atingir essa população alvo e que o profissional urologista é desconhecido por muitos dos entrevistados, já que os programas de prevenção são tímidos, o que pode ser revertido com a implantação e execução do Programa de Saúde do Homem.