Anais - 14º CBCENF
Resumo
Título:
UNIDADE DE SAÚDE FRENTE A UMA EPIDEMIA DE DENGUE: COMO CUIDAR?
Relatoria:
MARÍLIA MACHADO MATOS
Autores:
- NÚBIA MELO ARAGÃO VIEIRA
- LUCIANA RODRIGUES VASCONCELOS
- GILDA DE ALBUQUERQUE FORTE
- FRANCISCA VEUCICLÉ RABELO
Modalidade:
Pôster
Área:
Empreendedorismo
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Caracterizada por ser na atualidade uma doença pandêmica, representando um dos principais problemas de saúde pública mundial, a dengue, para a Organização Mundial da Saúde infecta anualmente de 50 a 100 milhões de pessoas em todo planeta, com 550 mil doentes hospitalizados e 20 mil mortes. O Brasil, pelas condições sanitárias e climáticas, favorece a circulação do principal vetor da dengue, a fêmea do Aedes aegypty. Na comunidade em estudo ocorrem várias problemáticas que favorecem o aparecimento da dengue: o lixo a céu aberto, apesar de dias específicos para coleta; o sistema de abastecimento de água ineficiente obrigando armazenar-se água em depósitos, caixas d’água sem telas, além do bairro com extensa área florestal e chuvas frequentes, favorecendo assim o acúmulo de água. OBJETIVO: Avaliar a efetividade das estratégias estabelecidas no Programa Saúde da Família no atendimento dos usuários com sintomatologia ou portadores de dengue. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva obtida através da avaliação das estratégias realizadas pelo Centro de Saúde da Família Terezinha Parente, localizado no bairro Curió, Fortaleza-CE, para o controle e combate a dengue durante o mês de abril de 2011. RESULTADOS: O Ministro da Saúde afirmou pelos meios de comunicação que Fortaleza iria ter no ano de 2011 uma epidemia de dengue. A Secretaria de Saúde local tratou de capacitar todos os profissionais enfermeiros e médicos da Estratégia de Saúde da Família (ESF) sobre a enfermidade. Estabeleceram-se então as estratégias na Unidade de Saúde, onde cada equipe ficou responsável por atender dois turnos, independentemente da área que o usuário pertença. Com a chegada dos primeiros enfermos com sintomatologia da enfermidade fez-se um fluxograma: em todos se verificaram a pressão arterial em duas posições; feito a prova do laço e encaminhados para a consulta com enfermeira. CONCLUSÃO: Após estabelecerem-se essas estratégias observou-se que os números de notificações aumentaram. No mês de março foram apenas 62 notificações e no mês seguinte passou para 115. O usuário da unidade não buscava mais a atenção secundária ou terciária para o atendimento de sua possível dengue, preferindo a atenção primária. Percebeu-se, pois, que o poder de resolução depois de estabelecidas essas ações pelas ESF aumentou; em consequência redução de usuários nos hospitais públicos. Não tivemos nenhum óbito e o próprio usuário sentiu-se empoderado identificando sinais e sintomas da dengue.