Com a necessidade de modificar o modo de atendimento ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) no ambiente hospitalar, foi instituído pelo Ministério da Saúde o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) em 2000, que visa implementar os dispositivos da humanização entre instituições, trabalhadores de saúde e usuários. Nesse sentido, os serviços de saúde configuram-se como espaços essenciais nos âmbitos da assistência e da formação acadêmica, em ambientes de produção de cuidados, que buscam transformações focalizadas nos aspectos da humanização e da formação do sujeito e de sua cidadania. Dessa forma, as ações de enfermagem voltadas ao paciente devem ter consonância com as necessidades e demandas evidenciadas no campo de prática.Trata-se de um relato de experiência das acadêmicas de Enfermagem, alunas da disciplina de Saúde do Adulto, ofertada pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) no quarto período do Curso de Graduação em Enfermagem. Foi desenvolvido no período de novembro de 2010 a janeiro de 2011, durante o estágio curricular em um hospital terciário de referência no Estado do Ceará. Ao entrarmos no campo de estágio fomos apresentadas aos pacientes internados na clínica médica , onde foram escolhidos alguns para que realizássemos o exame físico . Nos primeiros dias, percebemos que muitos dos pacientes necessitavam daquilo que nos é evidenciado durante nossa formação acadêmica ,que é a humanização do cuidado em enfermagem. O acolhimento no primeiro momento, foi primordial para que nos aproximássemos dos pacientes e com eles estabelecêssemos um vínculo e as principais ferramentas utilizadas foram: o diálogo , o toque e a escuta. Percebemos quão se faz importante o estabelecimento do vínculo e do acolhimento para com o paciente para o processo de cuidar em enfermagem e quanto essa experiência foi significante não só para nossa formação acadêmica,mas também para os pacientes que acompanhamos.É preciso repensar sobre as práticas de saúde realizadas, em especial, com os pacientes hospitalizados, que carregam em si ansiedade, angústia, sofrimento e dor. Se faz necessário buscar opções que possam intervir na melhoria da qualidade de atenção ao paciente, de modo a superar situações que limitam a efetividade na produção do cuidado mais humanizado.Assim, é imprescindível que o enfermeiro não se distancie dos princípios e valores regidos pela humanização que lhe é apresentada em seu processo de formação acadêmica.