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Anais - 14º CBCENF

Resumo

Título:
O CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA ARTICULADO COM O APOIO MATRICIAL
Relatoria:
JÚLIA FERREIRA DE JULIÃO E SILVA
Autores:
  • Sheila das Neves Martins
  • Maria Amélia de Miranda Firmeza
  • Crislene Kelly Guedes Lopes
  • Rafhael Brito de Almeida Santos
Modalidade:
Pôster
Área:
A enfermagem e o terceiro setor
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: a reforma psiquiatra implantada pelo Ministério da Saúde preconiza o cuidado em saúde ao portador de transtorno mental na atenção básica através da Estratégia Saúde da Família (ESF), este cuidado deve ser humanizado, digno, respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo. Com a estruturação dos CAPS segundo a lógica do território, vê-se a necessidade de integrá-lo à ESF por meio do Apoio Matricial (AM), que define-se como uma estratégia de organizar e ampliar a oferta de ações em saúde, por meio do emprego de saberes e práticas especializadas em saúde mental. A equipe de referência é composta por um conjunto multiprofissional e interdisciplinar que proporciona a integralidade do cuidado em saúde mental, com interação dos seus múltiplos saberes consolidando uma assistência qualificada e resolutiva. Objetivo: compreender como o cuidado em saúde mental é promovido na atenção básica através do matriciamento. Metodologia: pesquisa bibliográfica, de natureza descritiva, que aborda como o cuidado em saúde mental é promovido na atenção básica através do apoio matricial. Os artigos coletados para a análise foram escolhidos do banco de dados SciELO e LILACS, quando pertinentes ao assunto. Foi utilizado o método de análise de conteúdo de Bardin, dividindo os resultados encontrados em duas categorias: o cuidado em saúde mental na atenção básica, e o Apoio Matricial como elemento transformador do cuidado em saúde mental. Resultados e Discussão: a Análise desses artigos mostrou que muitas propostas de avanço, no campo da saúde mental, foram trazidas com a Reforma Psiquiátrica, como uma nova ótica do cuidado aos portadores de sofrimento mental através do matriciamento. As vantagens são inúmeras, incluindo a desospitalização do usuário, com a criação de serviços substitutivos proporcionando uma assistência integral e humanizada. Contudo há muitos impasses em sua implantação, desde a falta de recursos financeiros até a dificuldade por parte dos profissionais de transpor o clássico modelo biomédico segmentado. Conclusão: Para que haja uma verdadeira quebra do antigo paradigma psiquiátrico é necessário uma capacitação adequada dos profissionais de ambos os serviços, tanto em relação ao conhecimento técnico específico de cada área, como no desenvolver de habilidades para realizar parcerias e a construção de uma rede que surge como a base para uma mudança estrutural no cuidado com a saúde mental.