Desde o primórdio a enfermagem desempenha papel relevante no cuidado ao paciente oncológico, denominado “cuidado de cabeceira”, através de medidas de conforto para os pacientes em tratamento paliativo ou até mesmo nos casos terminais. O objetivo da assistência basea-se em princípios ético e no atendimento adequado a esses pacientes, proporcionando medidas que não visem simplesmente curar, mas sim aliviar o sofrimento. Porém, atualmente observa-se que a atuação da enfermagem em oncologia cresceu com o advento dos ensaios clínicos conduzidos com novos agentes terapêuticos quimioterápicos que trouxeram a necessidade de um trabalho conjunto da equipe multidisciplinar. Sabe-se que o câncer é uma desordem celular e um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Os cuidados paliativos propõem uma transformação no modelo de assistência ligado à pessoa com doença grave em fase terminal, mudando o paradigma de cura para cuidado, o enfermeiro adquire mecanismos psicológicos de defesa frente ao paciente no final da sua vida. Com este estudo objetivou-se compilar os conhecimentos produzidos sobre o assunto, onde a metodologia utilizada foi a revisão de literatura. Observamos na prática um atendimento mecanizado e impessoal dos vários profissionais de saúde, que muitas vezes não trabalham em conjunto visando uma prática mais flexível, holística e humana. Enfatizamos a importância do enfermeiro estar ouvindo, ensinando, aprendendo e estreitando os laços com a equipe multiprofissional e com a clientela atendida, compreendendo seus medos, suas angústias e suas necessidades, e somente desta forma implantaremos estratégias de cuidar que aliviem o sofrimento humano. Tendo em vista que ao ser cuidado com atenção, carinho e dedicação o paciente sente-se seguro e confiante ficando mais fácil aceitar e participar dos cuidados que lhe é oferecido. Consideramos esta experiência rica, válida e relevante para refletirmos como estamos oferecendo o cuidado integral e humanizado, ressaltando cada vez mais a necessidade de preparar os futuros profissionais a desenvolver um cuidado não somente tecnicista, mas também de forma humanizada, emocional, ética e legal. A assistência de enfermagem em oncologia evoluiu muito desde seu aparecimento como especialidade, incumbindo ao enfermeiro o importante papel em apoiar o cliente nas diferentes fases da doença, ou seja, pensar hoje em oncologia é sinônimo de sobrevida versus qualidade e não meramente enfocar a cura da doença.