Objetivou-se analisar a postura ética dos profissionais de enfermagem frente à perda de privacidade dos pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), local onde a prioridade é o restabelecimento e manutenção das funções vitais do paciente. Realizou-se uma pesquisa sistemática nacional em livros, dissertações e revistas eletrônicas, com publicações dos últimos dez anos sobre a perda da privacidade física, tendo como sujeito o paciente internado em UTI. Os resultados alertam para a necessidade de discussão e reavaliação dos papéis do enfermeiro como protetor da privacidade e da qualidade da assistência de enfermagem, uma vez que sentir-se despido é um fator de estresse e sofrimento para o paciente. Percebe-se que com um ritmo de trabalho acelerado, há uma relação superficial entre as pessoas que atuam na UTI e os indivíduos internados. Com isso, o profissional de enfermagem acaba desenvolvendo ações de cuidados de uma forma linear, sem restrições, como inerente à profissão, agindo como se o paciente fosse um depositário de cuidados; um ser passivo e sem autonomia. É necessária uma profunda reflexão quanto às ações dos profissionais no sentido de respeitar a dignidade humana do paciente. Para tanto o profissional deve ter uma conduta ética em zelar pela sua privacidade e proteção.