Introdução: o processo de enfermagem concebe o principal instrumento metodológico para a sistematização da prática profissional. Este ocorre por meio da coleta e análise de dados, identificação dos diagnósticos de enfermagem, planejamento das ações a serem prestadas, intervenções e avaliações dos resultados alcançados. A sua utilização pode trazer benefícios não só ao profissional e ao usuário, mas também à instituição, pois norteia a assistência de enfermagem para as necessidades de cada usuário. Objetivos: identificar os artigos publicados sobre diagnósticos de enfermagem; relacionar as temáticas mais estudadas pelos autores pesquisados e relacionar as teorias de enfermagem mais referenciadas nos estudos investigados. Metodologia: trata-se de revisão de literatura integrativa. A busca foi realizada nos bancos de dados da Bireme (Lilacs/Medline), tendo-se em vista o número de artigos publicados, as temáticas mais estudadas, ano de publicação, categorias dos artigos, os países que mais publicam e as teorias mais referenciadas pelos pesquisadores. Para a busca adotou-se os descritores, “enfermagem”; “cuidados de Enfermagem” e “diagnóstico”. Resultados: foram encontrados 178 artigos indexados. Desse total, os periódicos nacionais tiveram sua maioria (67,4%); validação das características definidoras dos diagnósticos de enfermagem foi à temática mais citada (46,1%); o ano que mais publicou foi 2000 (35%), seguido de 2007 (31%); das publicações, 76,4% foram do tipo estudo descritivo e o país que mais publicou foi o Brasil (72%). Quanto à utilização de um referencial teórico, os estudos foram embasados com freqüência na Taxonomia II da NANDA e utilizaram as seguintes teoristas de enfermagem: Callista Roy, Myra Estrin Levine, Dorothea Orem, Wanda Horta, Imogene King, Ida Jean Orlando Pelletier e Maslow. Conclusão: observou-se que à prática dos diagnósticos de enfermagem na realidade brasileira é reduzida pela grande dificuldade enfrentada na implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), provavelmente pela falta de conhecimentos, pouca divulgação e escassez de reflexão, como também por profissionais qualificados na prática clínica em relação ao tema.