Anais - 14º CBCENF
Resumo
Título:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRESTADA À PACIENTE EM PROCESSO DE ABORTO: REVISÃO INTEGRATIVA 2008-2010
Relatoria:
CAROLINE SARAIVA FARIAS
Autores:
- LOREANE MAYARA ARAÚJO SANTOS
- LUCIANA DE PAIVA RÊGO
- ANDERSON LINEU SILVA SANTOS
Modalidade:
Pôster
Área:
A enfermagem e o terceiro setor
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O aborto vem sendo considerado um problema de saúde pública em todos os países onde sua prática é proibida por lei. Ocorrem anualmente, no Brasil, aproximadamente 1,4 milhões de abortamentos entre espontâneos e provocados. A enfermagem desempenha um papel importante, pois é ela que acompanha e está envolvida em todo o processo de cuidado e atenção prestado a esta mulher podendo prover o acolhimento e o cuidado respeitoso que essas necessitam. Sendo assim, o profissional de enfermagem não deve expor seus próprios julgamentos e preconceitos. OBJETIVO: analisar, por meio da literatura nacional de saúde, a assistência prestada às pacientes em processo de aborto provocado e espontâneo. METODOLOGIA: trata-se de um estudo qualitativo-descritivo realizado por meio de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL). A partir do portal da Biblioteca Virtual em Saúde, acessou-se a Base de Dados Lilacs e Base de Dados Scielo. Os descritores de busca foram: aborto, assistência de enfermagem e paciente. A amostra final foi de 8 artigos publicados em português entre os anos de 2008-2010. RESULTADOS: com a análise do conteúdo das evidências foi possível identificar dois (2) Eixos Temáticos: Eixo 1 – Diferença na assistência: ficou evidenciado diferentes condutas adotadas pelo(a) enfermeiro(a) diante da situação do aborto provocado e espontâneo. Quando o aborto é provocado, o(a) enfermeiro(a) não prioriza o atendimento à mulher, por considerar o ato criminoso e pecador, no entanto, quando o aborto é espontâneo, o cuidado volta-se para um sentimento de pena. Eixo 2 – Assistência discriminatória: devido esta prática ser considerada um crime, os(as) enfermeiros(as) pensam e agem de acordo com suas crenças e valores, priorizando a assistência às mulheres em processo de parto, não se considerando os aspectos humanitários e de risco que envolvem a saúde das mulheres que provocaram aborto. CONCLUSÃO: No caso do atendimento a mulher em processo de abortamento, requer que a enfermeira reflita sobre sua conduta e se desapegue de valores e crenças pessoais para que possa oferecer um atendimento holístico e de forma humanizada, livre de pré-julgamentos e condenações. O cuidar é um ato complexo, que deve ser realizado considerando que a pessoa que recebe este cuidado é digna de tê-lo de maneira respeitosa e igualitária.