A asma é a patologia crônica mais comum na infância e é responsável por cerca de 10% das internações hospitalares em crianças de 1 a 9 anos, além de ser uma das principais causas de consultas em serviços de emergência e absenteísmo escolar. A desinformação por parte dos pais sobre a doença é evidenciada como um dos fatores responsáveis pelo aumento da demanda de atendimento em pronto-socorro e dos índices de hospitalização por crises asmáticas em crianças. O presente estudo teve como objetivo avaliar e descrever os sintomas associados à asma em escolares de 6 a 7 anos na região sul do município de Teresina-PI. Trata-se de um estudo quantitativo realizado no período de julho à setembro de 2010, junto a 158 pais de crianças com 6 e 7 anos de idade cadastradas pelas equipes da estratégia saúde da família de três unidades básicas de saúde pertencentes à coordenadoria regional de saúde sul, através de entrevista individual. A prevalência estimada de asma foi 19% e a proporção de crianças diagnosticadas e tratadas para asma foi 17,1%. Houve a presença de sono perturbado e dificuldade para falar devido a chiado no peito, sibilância após exercícios físicos e tosse seca à noite na ausência de infecção respiratória. A prevalência de asma encontrada foi similar a estudos realizados em outras capitais do país, no entanto, o percentual de crianças sabidamente asmáticas demonstra que a asma, apesar de ser uma doença grave, ainda é subdiagnosticada comprometendo, assim, a qualidade de vida do paciente, pelo retardo no tratamento, e agravamento do seu prognóstico.