Anais - 14º CBCENF
Resumo
Título:
DESAFIOS PARA A INTRODUÇÃO DA CIPE NO ENSINO DE SAÚDE COLETIVA: RELATOS DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
MICHELE DIAS DA SILVA OLIVEIRA
Autores:
- Bárbara Souza Rocha
- Maria Márcia Bachion
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ética e legislação em enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução:Em decorrência da falta de padronização da linguagem para as práticas de enfermagem em Saúde Coletiva, não é possível identificar dados sobre perfil dos diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem nesse contexto.Uma das ações que pode reverter essa situação é o ensino de terminologias como a proposta pela Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem - CIPE®.Percusso Metodológico: A introdução da CIPE® na disciplina de “Práticas de enfermagem em Saúde Coletiva” aconteceu em dois momentos, na teoria e na prática.Cada grupo de alunos tiveram a possibilidade de realizar consultas de enfermagem à usuários dos programas de Hipertensão e Diabetes Melitus e Hanseníase nas Unidades Básicas de Saúde e elaborar planos de cuidados baseados na terminologia da CIPE® e utilizandoa teoria de Orem. O cenário das atividades práticas foi constituído por duas unidades básicas de saúde do município de Goiânia-GO.Resultados: como docentes sentimos que ainda temos muito pouco conhecimento teórico sobre o assunto, de como utilizá-la na prática, necessitando de capacitações/ treinamentos e, uma escassez de publicações sobre experiências bem sucedidas que possam servir de referência na nossa prática de enfermagem. Por outro lado, a CIPE® nos permitiu estabelecer padrões e rapidez na documentação do cuidado prestado aos pacientes e, na elaboração de planos de cuidado.Houve dificuldades demonstradas pelos alunos. Inicialmente quando o conteúdo da CIPE® foi introduzido, os alunos demonstraram resistência em se desprenderem de conhecimentos prévios, tinham uma ligação arraigada como a taxonomia da NANDA- Internaciona, NIC, NOC. No entanto, aceitaram o desafio e mencionaram as seguintes dificuldades: a CIPE® não é uma ferramenta fácil para ser manuseada (alegavam não existir ordem alfabética para os termos) e, obedecer aos critérios de composição de diagnósticos pela CIPE® era complicado uma vez que já conseguiam formular vários diagnósticos para os mesmos focos de enfermagem segundo a taxonomia da NANDA-I. A medida que os alunos começaram a realizar as consultas de enfermagem, demonstraram rapidez na elaboração dos diagnósticos, e afirmaram que, comparado com a taxonomia da NANDA-I, era mais fácil a tomada de decisão clínica, que se sentiam com mais autonomia na aplicação do processo de enfermageme que está era uma oportunidade valiosa para aquisição de novos conhecimentos e possibilidade de escolha para sistematizar sua assistência.