O perfil da população mundial mudou, há um intenso crescimento na expectativa de vida e queda das taxas de natalidade e mortalidade. Diante disso, os estudos e esforços despendidos sobre a saúde da pessoa idosa vêm aumentando, pois a condição de vida deles tornou-se área de interesse coletiva. Para tanto, foi criada no Brasil a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), dentre as diretrizes estão à promoção do envelhecimento ativo e saudável e a atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa. Assim, as práticas de saúde devem obedecer a critérios que realmente possibilitem a efetivação dessas diretrizes. Norteando a discussão para os desgastes funcionais que acometem os idosos, a PNSPI preconiza que a avaliação funcional seja realizada perpendicularmente em pessoas com sessenta anos ou mais para determinar os comprometimentos da funcionalidade e sua necessidade de auxílio bem como planejar estratégias de intervenção para promoção da qualidade de vida dos idosos de forma a prevenir os agravos e promover à saúde. Dado o exposto, esse artigo tem como objetivo refletir sobre a funcionalidade do idoso, sob a ótica da literatura científica Brasileira. A discussão se dá com base em artigos encontrados na literatura nacional, que tratam da funcionalidade do idoso. São tratados três eixos temáticos que emergiram da leitura dos estudos selecionados para construção deste texto reflexivo, são eles: o envelhecimento e os declínios funcionais, as políticas públicas de saúde e o papel do enfermeiro. A terceira idade merece atenção especial por parte das práticas e pesquisas em saúde. É comum encontrar trabalhos que discutam as doenças que afetam a terceira idade, no entanto quando se fala de bem estar e funcionalidade do idoso as pesquisas são claramente reduzidas. Para este trabalho encontramos dificuldade para achar temas que falassem do idoso como um ser ativo e que tratassem de sua funcionalidade como um aspecto inerente a essa faixa etária. É preciso posturas firmes dos gestores do SUS, no intuito de viabilizar meios e fins para que os idosos possam usufruir dos seus direitos, dispostos nos estatutos, políticas e programas feitos para essa população. A capacitação dos profissionais e o investimento nas estruturas físicas dos estabelecimentos de saúde, necessários à atenção especial aos idosos, precisam contribuir para uma vida mais saudável para esses indivíduos, sendo também nossa responsabilidade reivindicar os direitos de um atendimento humano.