A dor é conceituada como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a lesões reais ou potenciais. No entanto, tal conceito descarta a dor e o desconforto de pacientes que não conseguem expressar verbalmente o que sentem como os recém-nascidos. A avaliação da dor em recém-nascidos baseia-se na avaliação das respostas destes à dor. Essas respostas podem ser analisadas a partir de alterações das medidas fisiológicas e comportamentais observadas antes, durante e depois de um estímulo potencialmente doloroso. Essa afirmação é um dos maiores obstáculos enfrentados na assistência de enfermagem, tendo em vista que esses profissionais são os principais envolvidos no manejo e nos cuidado ao RN. O presente estudo tem como objetivo analisar produções científicas de enfermagem acerca do manejo da dor no recém nascido no período de 2005 à julho de 2010. A busca do material foi realizada no período de agosto a outubro de 2010, em consulta ao site da Biblioteca Virtual da Saúde, optando-se pela base eletrônica - Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS) e utilizando-se como descritores: “Enfermagem Neonatal” and ”Dor”. A busca geral resultou em 26 artigos. Destes, 18 foram publicados em revistas científicas de enfermagem. Dentro do período pré-estabelecido foram encontrados 16 artigos, no entanto cinco não estavam disponíveis na íntegra, totalizando 11 artigos. Após leitura desses artigos foram extraídas para efeito de análise seis publicações que atendiam aos objetivos propostos sendo formuladas duas categorias: Avaliação do enfermeiro acerca da dor no recém nascido; Intervenções de enfermagem utilizadas frente ao recém nascido com dor. Os resultados encontrados possibilitaram concluir que o grande desafio na avaliação da dor em lactentes pré-verbais consiste em compreender a diferença do que é dor ou desconforto, para estabelecer assim, um correto diagnóstico de dor.. Os profissionais se utilizam de métodos farmacológicos e não farmacológicos para o alívio da dor procurando preservar estes recém-nascidos das experiências dolorosas causadas por procedimentos inerentes à internação.A escassez de publicações nos periódicos de enfermagem acerca da temática nos mostra a necessidade do incentivo a pesquisas na área estimulando os profissionais a se tornarem multiplicadores de conhecimentos no desenvolvimento de uma assistência integral e de qualidade reforçando a intenção da promoção e um cuidado mais humanizado ao recém nascido com dor.