Introdução: A reutilização de materiais é uma prática comum no ambiente hospitalar, e regulamentada, desde que ocorra de forma segura, sem trazer prejuízo para o profissional ou paciente. Em um Hospital escola da zona da mata de Pernambuco, é comum a desinfecção de alto nível com glutaraldeído em artigos semi-críticos, mais especificamente em máscaras de nebulização e seus respectivos conectores, ambus, umidificadores, entre outros. O uso restrito do gluteraldeído pode ser explicado principalmente por sua ineficácia na desinfecção, principalmente microorganismos do gênero Mycobacterium além do potencial risco de toxicidade para seus manipuladores, constituindo-se um forte irritante para os pulmões, garganta, nariz, olhos e pele. A desinfecção com glutaraldeído torna-se insustentável, uma opção segura e eficaz é o ácido peracético, este usado em concentração 0,2% é pouco tóxico, efetivo na presença de matéria orgânica e antimicrobiano de largo espectro, porém não dispensa o uso de equipamento de proteção individual. Objetivo: Instruir os profissionais de enfermagem de um Hospital escola da zona da mata de Pernambuco sobre os riscos provocados pelo o uso do glutaraldeído, enfatizando a importância de substituição deste por outros desinfetantes químicos. Metodologia: Foi elaborado um plano de intervenção por graduandos de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco aplicado por meio de palestras durante o estágio curricular neste Serviço. Resultados: Grande parte dos profissionais tem conhecimento dos riscos à saúde provocados pelo uso do glutaraldeído, porém poucos conheciam uma opção mais segura e eficaz. Conclusão: O problema exige o desenvolvimento de programas de educação permanente no serviço e o reconhecimento desses aspectos supõe, por sua vez, a seleção de intervenções de saúde para diminuir ou eliminar os fatores específicos de risco com o uso do gluteraldeído, sugerindo um processo de adequação das estratégias de atuação dos serviços de saúde, na tentativa de substituir este produto por outros desinfetantes químicos mais eficazes e menos tóxicos, evitando que tal conduta continue atenuando-se como problema de saúde ocupacional neste Serviço.