A raiva humana é uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus rábico, contido na saliva do animal infectado principalmente pela mordedura. Apesar de existir desde a antiguidade, a raiva continua sendo um problema de saúde pública dos países em desenvolvimento, principalmente a transmitida por cães e gatos em áreas urbanas, mantendo-se a cadeia de transmissão animal doméstico/homem. A profilaxia da raiva humana pode ser feita pré ou pós-exposição ao vírus. O interesse em pesquisar essa temática surgiu por meio da prática profissional em um serviço especializado de atendimento antirrabico por uma das pesquisadoras, no qual observa-se inúmeras agressões de animais, chegando uma média de cem atendimentos mensais. O objetivo deste trabalho é: Identificar o perfil epidemiológico do atendimento antirrabico humano em Unidade de Referência de João Pessoa - PB. Este estudo é do tipo documental retrospectivo, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi na Unidade Integrada de Cruz das Armas do Programa de Saúde da Família, no arquivo da sala de vacina, nos meses de setembro e outubro de 2009. A amostra foi constituída por sessenta fichas totalmente preenchidas no período de janeiro a junho de 2009. A população foi constituída por fichas preenchidas do Sistema Nacional de Agravos do Atendimento Antirrabico Humano na referida Unidade e o instrumento utilizado para coleta de dados foi um formulário. Obedeceu-se as normas da ABNT e as Resoluções 196/96 e 311/07 e aprovado sob protocolo 132/2009. Durante a análise observou-se que o atendimento prevaleceu entre crianças de até 10 anos de idade, que sofreram lesões profundas em sua grande maioria provocadas por cachorro, e que em alguns casos foram necessárias o uso da vacina em combinação com o soro antirrabico, no entanto todos os pacientes concluíram seu tratamento. A realização desse estudo demonstrou que o atendimento profilático contra a raiva humana deve ser logo iniciado após a agressão em seres humanos, principalmente quando estes são atingidos próximo ao Sistema Nervoso Periférico ou quando o animal morre nos dez primeiros dias após o acidente, sendo assim é oportuna a realização de campanhas anti-rábica preventiva aos animais domésticos e informações esclarecedoras no âmbito da saúde coletiva, disseminando informações a população, para que esta seja esclarecida da importância do atendimento preventivo em relação a uma doença potencialmente letal.