Anais - 14º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL DA MORTALIDADE FETAL
Relatoria:
INDIANARA CARLOTTO
Autores:
- CARLA REGINA KUHNE
- NATALIA BECKER
- LEDIANA DALLA COSTA
- APARECIDA DONIZETTI DE ARAÚJO MARCH
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética e legislação em enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
São registrados cerca de 7.200 óbitos fetais por dia em todo o mundo. A cada hora 300 bebês morrem dentro do útero ou no momento do parto. Historicamente, os óbitos fetais têm sido negligenciados pelos serviços de saúde, que não incorporam na rotina análise de sua ocorrência e tampouco destinam investimentos específicos para sua redução. Objetiva-se abordar a magnitude da mortalidade fetal, identificando os problemas e medidas de prevenção para diminuir as taxas de mortalidade e alcançar melhores níveis de sobrevivência infantil. A pesquisa se apoiará na literatura. Óbito Fetal é a morte de um produto da concepção, antes da expulsão ou da extração completa do corpo da mãe, com peso ao nascer igual ou superior a 500 gramas. A grande maioria dos óbitos fetais (98%) acontece nos países pobres; em países ricos em cada 320 nascimentos há um natimorto. O número de óbitos fetais diminuiu apenas 1,1% por ano, passando de três milhões em 1995 para 2,6 milhões em 2009. A Finlândia e Singapura são os países mais bem sucedidos, com apenas duas mortes por cada 1.000 nascimentos. O país com o pior número é o Paquistão (47/1000). No Brasil são encontradas taxas nacionais de mortalidade fetal oscilando por região, entre 1996 e 2006. A região Nordeste apresenta a maior taxa de mortalidade fetal (13,4/1000), enquanto a Região Sul apresenta a menor (9,2/1000). Muitos fatores têm sido relacionados com a incidência de mortalidade fetal; há maior incidência em mulheres com menos de 20 ou mais de 35 anos, gestações múltiplas, baixo nível socioeconômico, em gestantes solteiras, tabagistas, na falta de cuidados pré-natais, fetos do sexo masculino. Complicações durante o parto, infecções da mãe durante a gravidez, doenças como hipertensão ou diabetes, crescimento tardio intra-uterino e malformações congênitas são as cinco principais causas de morte fetal no mundo. As causas de óbito mais prevalentes continuam sendo passíveis de controle ou tratamento, principalmente em países em desenvolvimento onde o pré-natal é inadequado ou não é realizado. Quase metade das mortes fetais ocorrem durante o parto e está associada a falta de cuidados especializados para a mãe e a criança. Nas áreas rurais o problema tem maior impacto; dois terços das mortes ocorrem em zonas onde não há pessoal qualificado de obstetrícia para prestar os cuidados essenciais durante o parto e emergências. A redução da mortalidade fetal é ainda um desafio para os serviços de saúde e da sociedade como um todo.