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Anais - 14º CBCENF

Resumo

Título:
VULNERABILIDADE A INFECÇÃO POR DST/AIDS EM MULHERES QUE SE RELACIONAM COM MULHERES NO BRASIL
Relatoria:
EDSON MENDES CRUZ MELO
Autores:
  • LEONARDO OLIVEIRA ALVES DE CASTRO
  • RANIERE RODRIGUES DA SILVA
  • DANDARA ANDRADE DE SANTANA
  • LEONARDO PEIXOTO PEREIRA
Modalidade:
Pôster
Área:
A enfermagem e o terceiro setor
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A designação Lésbica é fornecida pelas próprias mulheres que fazem sexo com mulheres. Tal identidade, apesar de não totalmente aceita, é na atualidade a mais utilizada para representá-las. Por muito tempo a homossexualidade foi tratada como sinônimo de ninfomania e até mesmo patologias psiquiátricas. Logo, o foco da assistência em saúde da mulher durante muitos anos foi o da reprodução, enquanto que a vivência do lesbianismo foi marginalizada do contexto da saúde do Brasil. Um fator que fortaleceu o afastamento das questões do homossexualismo feminino das ações de saúde foi a disseminação do pensamento de que a propagação do vírus HIV somente ocorreria por consequência do ato sexual com penetração, de modo a excluir as mulheres homossexuais do grupo de risco. Assim, as lésbicas não se preocuparam com a saúde sexual do mesmo modo que as mulheres heterossexuais. Diante perspectiva de inserção da população lésbica nas questões de saúde, a pesquisa teve por objetivo discutir a vulnerabilidade a infecção por DST/AIDS em mulheres que se relacionam com mulheres no Brasil. Tratou-se de uma revisão de literatura subsidiada por artigos publicados nas bases de dados SCIELO, BIREME e LILACS entre os anos 2000 a 2010, destes artigos foram analisados a vulnerabilidade, o acesso aos cuidados em saúde e as ações de Saúde Pública no Brasil, no que se refere à transmissão de doenças através do sexo entre lésbicas. Os resultados obtidos foram de que as lésbicas são vulneráveis às DST e AIDS, devido às práticas de risco comuns entre o ato sexual lésbico, como o uso de acessórios sexuais, contato com fluídos corporais, e principalmente sangue; além disso, elas costumam freqüentar menos o ginecologista e realizam com menor freqüência o exame Papanicolaou do que as mulheres heterossexuais; em relação à Saúde Publica, o Ministério da saúde apóia e atua nos projetos de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, disponibiliza assessoria jurídica, fortalece as redes, desenvolve campanhas de comunicação e ações estratégicas de promoção da saúde e desde 2007 trabalha na construção do Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de AIDS e outras IST, com ações para mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais. Pode-se enfim, observar que as mulheres que fazem sexo com mulheres estão suscetíveis às doenças transmissíveis pelo sexo, e deste modo necessitam da mesma atenção à saúde no nível educacional, preventivo e assistencial dos outros grupos populacionais.