Anais - 14º CBCENF
Resumo
Título:
O VALOR DA INTEGRALIDADE COMO EIXO NORTEADOR DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA
Relatoria:
MÁRCIA REGINA SANTOS PACHECO
Autores:
- LEONARDO PEIXOTO PEREIRA
- RANIERE RODRIGUES DA SILVA
- DANDARA ANDRADE DE SANTANA
- ROBERTA CAROZO TORRES
Modalidade:
Pôster
Área:
A enfermagem e o terceiro setor
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O princípio da integralidade é o direito dos cidadãos de serem atendidos no conjunto de suas necessidades e no dever do Estado em oferecer serviços de saúde que atendam tais necessidades integralmente. Diante da busca de instrumentos capazes de implementar modelos de atenção à saúde que favorecessem a participação social, a equidade e a integralidade, viu-se na Estratégia de Saúde da Família o meio capaz de operacionalizar a abordagem integral do processo saúde-doença e responder de forma efetiva aos problemas de saúde. A equipe multiprofissional atuante em Saúde da Família é responsável por desenvolver uma atenção integral às famílias. Logo, a integralidade deve ser defendida e sustentada na atuação profissional. Diante da relevância da integralidade nas ações de saúde pública a pesquisa teve por objetivo discutir o valor da integralidade como eixo norteador da atuação profissional em saúde coletiva. Tratou-se de uma revisão de literatura subsidiada por artigos publicados nas bases de dados SCIELO, BIREME e LILACS entre os anos 2000 a 2010. Os resultados obtidos demonstram que a integralidade assume uma definição legal relacionada à integração dos atos preventivos, curativos, individuais e coletivos, nos diferentes níveis de complexidade e deve atender as necessidades de todos os níveis de complexidade do sistema, por meio de ações destinadas à promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde. A integralidade está intimamente ligada à concepção de saúde/doença e aponta para a necessidade de superação da dicotomia entre ações preventivas/curativas, em direção às ações que satisfaçam as necessidades relacionadas à promoção, recuperação da saúde e compreensão do sujeito biopsicossocial. Além disso, remete à integração de serviços através de redes assistenciais e reconhece a interdependência entre atores e organizações, considerando que nenhuma delas dispõe da totalidade de recursos fundamentais à integralidade. Pode-se então, inferir que para alcançar a atenção integral é preciso ampliar a base conceitual dos profissionais, no reconhecimento da limitação da ação de um único profissional e engendrar equipes para a ação interdisciplinar, visando o maior vigor de cada ação planejada e executada. A integralidade implica em mudanças nas relações de poder entre os profissionais de saúde, para que efetivamente se constituam equipes multiprofissionais e amplie efetivamente a autonomia dos usuários e coletividades, para garantir a integralidade da assistência.