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Anais - 14º CBCENF

Resumo

Título:
MORTALIDADE POR TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS DEVIDO AO USO ABUSIVO DE ÁLCOOL NA REGIÃO SUDESTE
Relatoria:
KATHARINA NICOLA PASCALE
Autores:
  • Anna Gabriella Nicola Pascale
  • Rosâne Mello
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Empreendedorismo
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os transtornos mentais e comportamentais ocorrem comumente e afetam mais de 25% da população em alguma fase da vida (OMS/OPAS, 2001). Dentro desses, estão os transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de álcool. O álcool é uma droga psicoativa depressora do Sistema Nervoso Central que reduz a atividade de neurônios no cérebro. A longo prazo esse abuso reduz em cerca de 15 anos o tempo de vida de uma pessoa, sendo responsável por quase 25% das mortes prematuras em homens e por 15% em mulheres (WILLIAMS & WILKINS 2005). De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, estima-se que cerca de 40% da população mundial, cerca de 2 milhões de pessoas, acima de 15 anos consomem bebida alcoólica e cerca de 76.3 milhões apresentam problemas decorrentes do uso abusivo dessa substância (WHO, 2002; WHO, 2004; Anthony, 2009). Objetivo: Descrever o panorama da mortalidade por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de álcool na Região Sudeste. Metodologia: Foi realizado um estudo quantitativo, descritivo exploratório, do tipo ecológico, tendo como unidades de observação a Região Sudeste e seus estados. Os dados de mortalidade foram retirados do Sistema de Informações Hospitalares (SIM), referentes ao período de 2000 a 2008. Foram considerados nesse estudo pessoas de 15 a 80 anos ou mais de acordo com a classificação do DATASUS. Resultados: O consumo de álcool em 1996 foi responsável por 97,5% dos óbitos por transtornos mentais e comportamentais devido uso de substâncias psicoativas, tendo aumento em 1997 para 97,7%, e queda constante chegando a 88,0% em 2008. O estado do Rio de Janeiro (RJ) lidera o percentual com 98,5% em 1996, seguido de São Paulo (SP) 97; 8%, Minas Gerais (MG) 97;2% e Espírito Santo (ES) 93,6%. Já em 2008 SP passa a representar o maior percentual com 88,9%, MG 88,5%, RJ 86,1% e ES 85,4%. Observa-se que mesmo com queda no passar dos anos, o percentual ainda é alto e muito significativo, tendo os estados de MG e SP em 2008 acima do percentual da região. Conclusão: Observou-se que apesar da mídia focar as drogas ilícitas, o álcool representa a maior parte dos óbitos por transtornos mentais e comportamentais devido uso de substâncias psicoativas. Dessa forma, estratégias de saúde pública desde a informação e educação a prevenção e a qualificação de profissionais da enfermagem para detecção e para proceder em situação de emergência e reabilitação são medidas de extrema importância.