A necessidade de cuidado domiciliar tem aumentado cada vez mais. Neste contexto, as redes sociais de apoio mostram contribuições significativas na diminuição do risco de institucionalização hospitalar e na ampliação das atividades de monitoramento da saúde. Com isso, o objetivo desta pesquisa foi identificar as redes sociais de apoio utilizadas por famílias e aquelas indicadas pelos profissionais de saúde no cuidado domiciliar, para classificá-las e justapô-las de acordo com o tipo de apoio e de relação oferecidos. Por meio de pesquisa qualitativa do tipo descritiva-exploratória, realizaram-se entrevistas semiestruturadas com dois grupos de participantes: o primeiro foi composto por 10 famílias que recebem cuidado domiciliar e o segundo por 10 profissionais de saúde de uma Unidade Básica de Saúde que atuavam nessa área. A partir dos dados coletados foi realizada a caracterização dos participantes e obtiveram-se três categorias: Redes sociais de apoio utilizadas por famílias que recebem cuidado domiciliar; Redes sociais de apoio indicadas pelos profissionais de saúde que realizam cuidado domiciliar e correlação entre as redes sociais de apoio utilizadas pelas famílias e aquelas indicadas pelos profissionais de saúde no cuidado domiciliar. Em relação às redes sociais de apoio das famílias, o apoio espiritual foi o mais citado e o apoio afetivo foi pouco significativo; os profissionais indicaram empresas privadas, organizações não governamentais e fundações como apoio material e a maioria relata não se envolver com o apoio espiritual. O apoio informal das famílias adveio principalmente de indivíduos, tais como: parentes próximos, moradores da região, ;já os profissionais de saúde citaram instituições, como por exemplo: grupos de auto ajuda, entidades beneficentes. No apoio formal, as famílias referiram instituições religiosas e os profissionais as empresas privadas, órgãos públicos e de defesa. Concluiu-se que, com a classificação das redes sociais de apoio, foi possível identificar as diferenças entre os dois grupos participantes do estudo e realizar o mapeamento das redes de apoio dos usuários, principalmente àqueles em cuidado domiciliar. Sugere-se a articulação dos profissionais de saúde com instituições locais para formação de redes sociais de apoio, com o intuito de contribuir para a melhoria da assistência e proporcionar impacto positivo na saúde dos usuários e cuidadores.