Anais - 14º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO DE MULHERES QUE VIVENCIARAM O ABORTO NO BRASIL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Relatoria:
SARAH LARISSA SILVA DE SOUZA
Autores:
- Ellen Cristina Taveira de Souza
- Queite Maiara Macedo de Melo
- Maria José Francalino da Rocha
- Vanizia de Souza Barbosa
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética e legislação em enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução- Em pleno século XXI, o abortamento é um problema de saúde pública, um dos temas de grandes debates que envolvem a área da saúde da mulher, principalmente, a mortalidade materna. O aborto pode ser definido como a interrupção da gravidez até a 22º semana ou, se a idade gestacional for desconhecida, com o produto da concepção pesando menos de 500 gramas ou medindo menos de 16 cm. Estudar este tema é um desafio para qualquer equipe de pesquisa, pelo alto índice de subnotificações de casos. Objetivo - Verificar o perfil sócio econômico das mulheres que vivenciaram o aborto no Brasil. Métodos - Procedeu-se a busca bibliográfica nas bases de dados eletrônicas do Scielo, Bireme, Lilacs, Medline e Manuais do Ministério da Saúde. Utilizaram-se como descritores: aborto, abortamento e interrupção da gravidez. Foram analisadas dezenove publicações, sendo selecionados oito trabalhos, de acordo com critérios de inclusão: perfil sócio-econômico de mulheres que vivenciaram o aborto nas grandes regiões do Brasil entre 1990 a 2010. Constatou-se que as mulheres pretas, seguidas das pardas e das brancas e as que se encontravam na faixa etária entre 20 a 24 anos obtiveram destaque, seguido das que estavam na faixa etárias de 25 a 29 anos e na de 15 a 19 anos de idade. O estudo demonstrou que as mulheres que residem na região Sudeste e Nordeste apresentaram-se mais vulneráveis, que as das regiões Norte, Sul e Centro-Oeste. Contudo, as baixas condições financeiras, juntamente com o menor grau de escolaridade foram os eventos que mais se destacaram quando comparado aos demais. Considerações finais - Ressaltamos, assim, a importância das atividades de atenção na área de saúde reprodutiva, saúde sexual e direitos humanos visando intensificar, junto a população que se encontra em situação de vulnerabilidade a fim de minimizar os casos de abortamento e promover uma maior expectativa de vida para estas mulheres, tendo em vista que, reformulações e/ou implementações dos programas voltados para Saúde da mulher são fundamentais para a atenuação dos casos de aborto e conseqüentemente melhoria da qualidade de vida das mulheres brasileiras.