Este estudo trata da discussão sobre sociabilidade neoliberal, desenvolvida pelo professor André Martins em sua tese de doutorado pela Universidade Federal de Minas Gerais, intituladas: À direita para o Social a educação da sociabilidade no Brasil contemporâneo (em 2009), com vista a entender os determinantes e condicionantes, políticos, econômicos e sociais, responsáveis pela ordem social contemporânea. Cujo objetivo é evidenciar em que medida o conceito de sociabilidade neoliberal se relaciona com o empreendedorismo na contemporaneidade. A metodologia com abordagem qualitativa a partir de uma análise da obra supracitada. Os resultados apontaram para a privatização de vários setores, a precarização de vínculos empregatícios por meio de cooperativas, contratos sem carteira assinada, a contratação de empresas privadas para gerenciar instituições públicas, e as instituições privadas de saúde com sua livre iniciativa assegurada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A assistência neste novo modelo segue protocolos e têm metas a seguir, para que como resultado de seu trabalho a coordenação destes serviços possa apresentar um gráfico com números exorbitantes de atendimento. Acomodação subordinada ao bloco do poder se refere aos que abandonaram o confronto para assumir o papel de colaboração como referência de ação política. Entretanto, a enfermagem torna-se um destes atores, cuja responsabilidade transita nas esferas: pública e privada. E trás consigo a responsabilidade e o compromisso ético de prestar uma assistência de qualidade ao usuário, sem que tais fatores interfiram na sua prática. Assim concluímos que o novo estado democrático é um aparelho necessário e gerencial, com participação social, descentralização participativa e parceria público/privada e que o empreendedorismo é de forma positiva ao capital, uma das qualidades do trabalhador competente, que tem iniciativa e está sempre além de seu tempo. Mas, numa perspectiva crítica, promove a desconstrução da coletividade, de um trabalhador que se articula com outros profissionais e juntos lutam por mudanças, reivindicando direitos sociais como: saúde, educação, segurança, dignidade das condições de trabalho e vínculos empregatícios, dentre outros elementos presentes na realidade social.