Em nossa cultura a sexualidade é assunto cercado de preconceitos e estigmas. Existem pais que, mesmo com dificuldades, têm conhecimento da importância de sua atuação no âmbito da construção da identidade sexual e da necessidade de ampliação da autonomia de seus filhos. Muitos genitores, por diversos motivos como aspectos culturais, timidez e conceitos pré-estabelecidos fazem disso uma barreira que impede a explanação sobre sexualidade com seus filhos, tornando a compreensão desse assunto de fundamental importância ainda mas difícil. À equipe de enfermagem compete a orientação dos pais acerca da necessidade do diálogo sobre sexualidade com sua prole, bem como a orientação dessa população acerca do tema sexualidade. Objetivo: analisar a percepção dos pais acerca da necessidade de participar da formação sexual do filho adolescente e a contribuição da enfermagem nesse processo. Metodologia: trata-se de um estudo de abordagem puramente qualitativa e reflexiva onde foram analisadas obras referentes ao tema utilizando-se as normas técnica de formatação da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Resultado: a família como um todo, principalmente os genitores, possui papel predominante na formação da identidade do adolescente frente a sua sexualidade e a equipe de enfermagem deve unir-se aos pais nesse processo. Conclusão: depois de todo estudo realizado fica entendido que a falta de diálogo entre pais e filhos torna-se uma barreira na quebra de estigmas e preconceitos na orientação sexual, o que acaba gerando conflitos na cabeça do futuro adulto acerca do tema sexualidade e anulando a participação fundamental dos genitores nesse processo essencial à maturidade do indivíduo. O enfermeiro deve ajudar pais e filhos a quebrarem o tabu relacionado ao tema sexualidade, promovendo a educação em saúde e melhorando o relacionamento da tríade: genitores, filhos e equipe de saúde.