Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
PERCEPÇÃO DO ACOMPANHANTE SOBRE A ASSISTÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NO SERVIÇO HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
SUZANA SANTOS DA COSTA
Autores:
- Geane Xavier de Santana
- Alexsandro Silva Coura
- Inacia Sátiro Xavier de França
- Valdenia Maria de Sousa
Modalidade:
Pôster
Área:
Multiprofissionalidade e democracia
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Os serviços hospitalares apresentam em seu fundamento de assistência o pressuposto de tratamento multiprofissional. Para alcançar o cuidado integral é imprescindível que haja interação entre os profissionais, pois através da permuta de conhecimentos pode-se compreender os parâmetros que envolvem o estado de saúde do paciente e, assim, intervir de forma racional, envolvendo de forma ativa o paciente e seu acompanhante. Entretanto, na prática existem dificuldades para que os sujeitos da assistência se relacionem da maneira supracitada. OBJETIVO: Relatar a percepção do acompanhante sobre a assistência multiprofissional no serviço hospitalar de acordo com experiência vivida. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de experiência. RESULTADOS: Quando o interno está fora do seu estado normal de consciência a tensão emocional aumenta e o seu acompanhante torna-se o responsável por participar do seu tratamento. No âmbito hospitalar, esquecemos do quão exaustivo é para o acompanhante estar diante dos profissionais que transitam rapidamente, muitas vezes sem se identificar ou fornecer qualquer informação que o situe sobre o estado do paciente. Esta posição de passividade torna a internação angustiante para o acompanhante que, ao invés de desempenhar um papel ativo no tratamento do paciente, assume uma característica irracional e alienada. O atendimento isolado, a falta de coerência nas informações cedidas e a desarticulação dos profissionais demonstra a falta de “sintonia” da equipe, que acaba por se tornar um grupo de profissionais que trabalham em um mesmo hospital, com os mesmos pacientes mas não “pelos” mesmos pacientes, o que diverge do preceito multiprofissional onde a equipe deve unir conhecimentos em favor da recuperação da saúde do paciente. Pode-se perceber que, enquanto acompanhante, e mesmo na condição de acadêmicos de Enfermagem, nos encontramos muitas vezes incapacitados pelos profissionais de saúde que, ao invés de procurar integrar o acompanhante no tratamento, o deixa à margem e sem informação. CONCLUSÃO: Compreende-se que o acompanhante pode perceber a equipe multiprofissional apenas como um “aglomerado” de profissionais que não interagem e não se preocupam diretamente com seu bem-estar ou do paciente. Cabe aos profissionais e acadêmicos da área de saúde trabalhar em conjunto para que o serviço seja prestado holisticamente, respeitando e valorizando o cuidador/acompanhante e tornando-o um aliado para o sucesso do tratamento.