O câncer de mama é uma patologia que acomete tanto homens como mulheres em todo o mundo, sendo no Brasil o segundo tumor maligno mais freqüente nas mulheres, configurando a cada ano, cerca de 22% dos casos novos registrados neste país. O diagnóstico precoce se da principalmente através do auto-exame das mamas, sendo um dos métodos primordiais no combate a essa neoplasia. Objetivou-se caracterizar a incidência de câncer de mama no sexo feminino em um hospital de referência, no município de Campina Grande- PB; especificamente procurou-se identificar a faixa etária mais acometida por câncer de mama feminino, bem como, verificar os principais diagnósticos de câncer de mama no sexo feminino e averiguar os principais tratamentos realizados nas mulheres com câncer de mama neste período. Trata-se de uma pesquisa documental, descritiva, com abordagem quantitativa, sua amostra foi composta por 266 prontuários de mulheres acometidas por câncer de mama. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um formulário padronizado e os resultados foram tabulados e analisados e posteriormente transformados em gráficos. A pesquisa levou em consideraram as recomendações éticas da resolução 196/96 do CNS. Os resultados demonstram que a faixa etária mais atingida no ano de 2006 foi de 50 – 59 anos (27,91%), já no ano de 2007 foi de 40 a 49 anos (27,17%) e em 2008 foi de 60 – 69 anos (30,68%). No que se refere ao estado civil observou-se predomínio de mulheres casadas, configurando em 2006 (62,79%), em 2007 (36,97%) e em 2008 (47,72%). Quanto ao diagnóstico o mais identificado foi o carcinoma ductal invasivo grau II, tendo sido caracterizado pelos seguintes percentis: em 2006 (58,14%), 2007 (53,26%), 2008 (39,78%). No que tange ao tratamento, o mais identificado foi à radioterapia, em 2007 (42,39%), a radioterapia associado à quimioterapia (32,61%) também no ano de 2007 e, 24,42% no ano de 2006 utilizaram como tratamento a quimioterapia. Podemos referir com a realização desse estudo que o índice de câncer de mama em mulheres ainda é muito alto, configurando-se um problema de saúde pública, sugerem-se intensificações nas campanhas educativas no que se refere a essa patologia, que podem ser aperfeiçoadas a partir do auto-exame das mamas e o diagnóstico precoce. Sobretudo, Ressaltamos a contribuição da enfermagem, uma vez que este profissional está diretamente responsável por essas ações de cuidado, seja na promoção, prevenção e/ou recuperação da saúde das mulheres brasileiras.